abril 25, 2013

Fuxicando Sobre Chick-Lits: Desafio de Abril – O Diário de Bridget Jones, Helen Fielding


“Chick-lit” é um gênero literário que abrange a vida da mulher moderna, sendo voltado, principalmente, para o sexo feminino. São romances leves, com um toque de humor, que narram o quotidiano e entram fundo nas dúvidas e emoções das personagens, transmitindo, normalmente, a sensação de estar lendo o relato de uma amiga. As história nesses livros poderiam facilmente ser uma conversa entre garotas ou mulheres, na qual há compartilhamento de sonhos, segredos, confissões.

Oi  queridos!
Como em todo meu último post do mês, hoje é dia de prestar contas sobre Desafio Fuxicando Sobre Chick-Lits!
Para abril, a proposta era ler um chick-lit que tivesse sido adaptado para os cinemas e, sendo assim, optei por ler um dos clássicos do gênero que eu #ShameOnMe ainda não havia lido: O Diário de Bridget Jones, de Helen Fielding.

Aviso de antemão que eu já havia postado a resenha em meu blog e, aqui, fiz uma mescla de minha opinião sobre o livro e sobre o filme. Portanto, não achem que o Livros e Fuxicos está fazendo plágio, hein? Eu fui a autora da resenha nos dois blogs, só a aproveitei para utilizá-la aqui também 😉

Livro que inspirou o filme estrelado por Renée Zellweger. O romance relata um ano na vida de Bridget Jones, uma mulher solteira, de trinta e poucos anos, que luta com todas as forças para emagrecer, encontrar um namorado, parar de beber e largar o cigarro. Uma história aparentemente comum, mas narrada em estilo impecável e extrema sensibilidade. Numa demonstração de acuidade, a autora tira do cotidiano de uma balzaquiana a matéria-prima para um livro memorável.


Chick-Lit || 320 Páginas || Record|| Skoob || Compare & Compre || Classificação: 4/5 || Resenha de Aione Simões


Bridget Jones já passou dos trinta anos, não é casada e, através do seu diário, acompanhamos um ano de sua vida, no qual ela se esforça para perder peso, parar de fumar e encontrar um namorado.
Os pensamentos de Bridget são hilários e irônicos ao mesmo tempo em que assumem um tom sutilmente melancólico, próprio de sua personalidade e do seu desgosto com alguns momentos e situações de sua vida. Bridget é quem faz do livro cômico por conta da maneira com que narra para o leitor os acontecimentos pelos quais passa.
O Diário de Bridget Jones é uma releitura moderna de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, e foi ótimo poder acompanhar a história notando as semelhanças entre elas, não apenas com relação aos sentimentos iniciais entre Bridget e Mark Darcy, cujo sobrenome torna impossível não pensar no Mr. Darcy original. Muitas situações importantes no enredo são claramente inspiradas no clássico de Austen, bem como as personalidades das próprias personagens. Elizabeth Bannet é uma personagem marcante por conta dos seus ideais, principalmente por se opor à ideia da mulher com a mera função de esposa, algo radical para a sociedade britânica da época. Bridget, por sua vez, constantemente se vê encarando circunstâncias nas quais é questionada por ainda não estar casada, sendo criticada por investir em sua carreira profissional enquanto corre o tempo de seu “relógio biológico”. Tal paralelo também acontece entre Mark e Mr. Darcy, ambos donos de uma aparente arrogância que escondem sua generosidade, e entre Daniel e Mr. Wickham, cujos carismas mascaram seus caracteres.
De um modo geral, O Diário de Bridget Jones não entrou para minha lista de chick-lits favoritos, contudo, isso não significa que a leitura não tenha sido proveitosa, divertida e agradável.  Aos fãs do gênero, é leitura obrigatória por ser um dos seus pioneiros.
Com relação ao filme, há cenas exatamente iguais às descritas por Helen Fielding ao mesmo tempo em que também há outras exclusivas, fazendo com que o roteiro tomasse um rumo próprio. Ainda, alguns dos momentos do livro foram alterados na adaptação. Dentre eles, só senti falta do que envolve o relacionamento da mãe de Bridget com Julio. Embora ele esteja presente no filme, se desenvolve de uma forma diferente e preferi à do livro, principalmente por ela remeter a outra situação de Orgulho e Preconceito. Isso não fez do filme ruim ou mal adaptado, apenas gostaria de ter visto essa parte específica por ela ter me agradado no livro.
Os atores escolhidos para interpretar os personagens foram simplesmente perfeitos. Renée é Bridget, assim como Colin Firth e Hugh Grant são Mark e Daniel. Quando fiz a leitura, foi impossível não imaginar os personagens de outra maneira e sei que fui influenciada por primeiro ter visto o filme; porém, mesmo se eu não soubesse quem os interpreta, teria aprovado a escolha do elenco. Cada um deles consegue transmitir a essência de seus personagens e é isso que faz deles perfeitos para seus respectivos papeis. Também, vale lembrar que Colin Firth foi quem interpretou Mr. Darcy na adaptação da BBC de Orgulho e Preconceito.
 O Diário de Bridget Jones consegue ser fiel ao livro ao mesmo tempo em que é diferente. O cerne da obra de Helen Fielding está lá, bem como muitas das situações criadas por ela, mesmo que não integralmente. Acredito que as modificações feitas foram felizes, tanto por permitirem que o filme não ficasse muito longo quanto, também, por possibilitarem um maior destaque para Mark Darcy – pelo menos foi a sensação que tive. Ambos me agradaram e recomendo tanto o livro quanto o filme aos que procuram por um bom entretenimento. 

Fez resenha para sua leitura do mês? Então já sabe, né? Deixe o link aqui embaixo 🙂

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13 Comentários

  • Mariane BP
    25 junho, 2013

    Oi!
    Bridget Jones foi o primeiro chick-lit que li e amei!!! Na verdade amo tanto o livro quanto os filmes e já perdi a conta de quantas vezes me diverti com as trapalhadas da Bridget!
    Bjo

  • Sonia
    15 maio, 2013

    Eu ja li o livro e vi o filme e resenhei. Agora está no meu projeto ler Orgulho e Preconceito vou poder conferir a semelhança.

    soniacarmo
    retalhosnomundo.blogspot.com.br

  • Ana Paula Ramos
    13 maio, 2013

    Eu gostei tanto desse livro! Já até o reli 🙂
    nunca tinha comparado com o orgulho e preconceito, que terminei de ler semana passada, mas depois das suas comparações, tbem fiz as minhas, e são sim muito parecidos!
    O filme tbem é muito bom! muito recomendado para quem gosta do genero!
    bjos

  • Michelle Boyd
    02 maio, 2013

    Oi Aione! Eu também não li ainda então são se envergonhe tanto, UAHUAHAUA mas deve ser porque eu achei o filme completo, não parecia que faltava alguma coisa então acho que por isso que eu não me empolguei pra ler.

    Beijão
    Michelle Boyd
    Little Things

  • Fernanda Ohashi
    02 maio, 2013

    Oi Aione! Esse livro também não é um dos meus favoritos mas ele é especial pra mim (noooooossa, profundo haha), pois foi por causa dele que eu li Orgulho e Preconceito, meu livro preferido no mundo todo de todos os tempos, e eu conheci Mr. Darcy *-* é por isso haha, mas eu gostei bastante de O Diário de Bridget Jones, é engraçado e cumpre seu papel de chick-lit 😀 Eu gosto tanto do livro quanto do filme ^^
    adorei a resenha 😀
    beijos!!

  • Rayane
    27 abril, 2013

    Eu ainda não li esse livro, apenas vi o filme (várias e várias vezes afinal sempre me divirto). Nunca pensei ao assistir o filme que houvesse um paralelo entre as histórias dessa obra com Orgulho e Preconceito, mas após ler a resenha ficou óbvio…

    Sempre tive curiosidade em ler este livro, só não o fiz até agora pois ele nunca entra em promoção (o livrinho caro, rs), e após ler sua resenha a vontade aumentou, mesmo ele não tendo entrado na sua lista de favoritos.

  • Pah
    26 abril, 2013

    Ainda não li o livro, na verdade quando vi o filme não fiquei com vontade de ler, sabe quando a trama não chama muito a atenção, foi isso que aconteceu comigo.

    Pah
    bjos
    dicalivros.blogspot.com

  • Maria Tereza Guedes
    26 abril, 2013

    Adoroo Chick-lit! Afinal, qual mulher não ama? As histórias costumam sempre afetar alguma coisa da gente. Também li Sapatólatras Anônimas, da Beth Harsbison….haha'..Muito bom! Recomendo também. *-*..Uma delícia de ler! Essas leituras me inspiram a escrever o meu próprio Chick-lit …rss'Confere lá:*-*
    http://rascunhosdeguardanapo.blogspot.com.br/

  • Thais Cristina,
    25 abril, 2013

    Adooooro chicklit. Já li Bridgit Jones e é um dos meus preferidos!
    Se quer uma dica de leitura – que não foi adaptada pra cinema – recomento Sapatólatras Anônimas, da Beth Harsbison. É super engraçado e inteligente, vale muito à pena!
    Beijinhos.
    http://elastemalgumestilo.blogspot.com.br/

  • Lili
    25 abril, 2013

    Eu fico lembrando que a cena do filme que é exclusiva e eu mais gosto é no fim, quando ela fica de bumbum de fora no frio.

    Mas… eu acho que no livro a gente consegue entrar mais nas neuroses de Bridget (algo singular na obra) como a época do dia dos namorados (eu amo amo, o número de vezes que ela desce para olhar o cartão e se sente feliz de ao menos estar emagrecendo) ou sobre as eternas discussões sobre a saia dela.

    Beijos Mi
    liliescreve.blogspot.com

    • Aione Simoes
      25 abril, 2013

      Também adoro essa cena, Lili, e as discussões sobre as saias são ótimas!!

  • Anônimo
    25 abril, 2013

    Mi lembra na bienal que eu estava louco por esse livro ? agora lendo sua resenha eu fiquei com vontade de novo ! quero ler , ai mas to numa ressaca literária ! vou esperar uma daquelas promos do sub e pegar o meu! rs , resenha maravilhosa! – Marcelo Lima