Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.
|| Cortesia Geração Editorial|| Skoob || Compare& Compre || Classificação: 5/5
assunto tão sério como o câncer com a leveza típica de uma criança de onze anos.
Sam foi diagnosticado com leucemia três vezes: nas primeiras duas vezes ele e
sua família embarcaram em um longo tratamento que os encheu de esperança,
contudo, na terceira vez os medicamentos foram reduzidos sob a perspectiva de manter
Sam vivo e não de curá-lo. O fato é que às vezes a leucemia é curada e nunca
mais volta, porém em outras vezes a doença retorna ainda mais forte. Por isso,
depois de tantas injeções, das longas conversas com o médico, das sessões de quimioterapia,
e dos incontáveis dias de dor e choro Sam, mesmo tão jovem, percebeu que dessa
vez os remédios só iriam retardar o inevitável, que só iriam prolongar o
momento de sua morte. Contudo o que é a morte para uma criança? Se para um
adulto já é difícil compreender os mistérios da morte e do amor de Deus,
imagine para alguém de pouco mais de dez anos?
A leucemia sempre volta. Eles pensam que já curaram, mas ela volta. Não para todo mundo. Fato: oitenta e cinco por cento das pessoas ficam curadas para sempre. (…). Isso quer dizer a maioria das pessoas. Porém, no meu caso ela sempre volta.
a ter aulas em casa junto com seu amigo Felix, outro sobrevivente reincidente
no câncer. Entre explosões vulcânicas e perguntas sem respostas – que me
deixaram com pena dessa pobre alma educadora – a professora particular deles
deu a ideia de que eles escrevessem um livro, tarefa que Sam acatou com grande prazer.
Desta forma é por meio da narrativa de Sam, e de sua maneira infantil e ao
mesmo tempo madura de enxergar o mundo ao seu redor, que descobrimos mais sobre
sua doença, seus sonhos e desejos para um futuro que ele sabe que não terá, sua
forte amizade com Felix, e a forma que sua família age de forma diferenciada
aos altos e baixos causados pela leucemia: a irmã que parece estar sempre
enciumada, o pai que se faz de cego perante a dura realidade de seu filho, e a
mãe que tenta ser forte para fazer tudo
ficar bem. Posso dizer sem medo que essa particularidade da narrativa é o
verdadeiro charme do livro que, por ser uma espécie de diário, entra na mente
de Sam e deixa transparecer seus verdadeiros medos e anseios, tocando e
encantando o leitor com sua veracidade.
verdadeira, a escrita da autora é simples como a de um garotinho e, exatamente
por esse motivo, pode ser lida de maneira muito ágil. Contudo não podemos nos
deixar enganar pela leveza infantil da trama, já que por mais que Sam seja um
garoto e apronte como qualquer outro menino de sua idade, a sombra da doença
ainda paira em sua mente ao ponto de fazê-lo questionar tudo o que sabemos e
dizemos a respeito da morte. E nesse ínterim, de forma bela e tocante, ele vai
aprendendo a viver seus dias limitados, a realizar seus sonhos – mesmo os que
realmente são impossíveis –, e a incitar os que estão ao seu redor a dar valor na
vida e em suas pequenas e insubstituíveis alegrias. O que é mais bonito na
história de Sam é que, mesmo doente e sabendo tão pouco da vida, ele dá um show
ao nos ensinar a agarrar as oportunidades, a lutar pelo que queremos, e a amar
de forma incondicional. Em suma ele transforma os que estão ao redor – tanto
dentro quanto fora do livro – e não pela pena gerada por sua condição, mas pela
naturalidade com a qual ele lida com a situação.
é belo, porém apesar dos sorrisos que
Sam arranca essa história tem sim seu lado obscuro e doloroso, como as recaídas,
as frustrações, as perdas e a dura realidade por trás do olhar compreensivo desse
jovem protagonista – afinal o fato dele saber que vai morrer e lidar razoavelmente
bem com isso não diminui a dor dessa compreensão. Ainda assim não espere um
livro dramático, a obra de Sally Nicholls é fácil
de se ler, tem uma mensagem bonita e traz uma reflexão valorosa e verdadeira
que, em nenhum momento, tem a intensão de chocar e emocionar ao extremo seus leitores.
E eu adorei completamente isso!
posso dizer que esse foi um livro leve e de leitura rápida, mas também belo e
extremamente tocante. O tipo de história que encanta por ter uma bela mensagem,
mas principalmente por proporcionar isso ao leitor de uma maneira simples e
direta.
Tem a ver com coisas velhas que morrem e coisas novas que nascem. Velhas estrelas formando novas. Folhas mortas se transformando em plantinhas. Pode ser algo que morre ou pode ser algo que nasce. Depende do ângulo que se escolhe.
“… Se alguém dá
câncer a criancinhas, então esse alguém não pode ser bom.”
Não preciso ir para o
hospital nunca mais. O Dr. Bill me prometeu. Tenho de ir à clínica – e só. Se
eu ficar bem doente mesmo, posso ficar em casa. Isso porque vou morrer. Provavelmente.
Não tem sentido ter
desejos se a gente pelo menos não tentar
realizá-los.
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