surpreendeu. Eu esperava um filme dramático e extremamente emocionante,
contudo, assim como o livro, o longa-metragem vai além da tragédia, focando
muito mais nas escolhas que pesam e confundem o coração da protagonista – que
são muitas por sinal – do que no acidente de carro que mudou o rumo da sua
vida. Então, antes de qualquer coisa, tenha em mente que essa não é uma
história sobre a morte, mas sim sobre a vida e suas inconstâncias.
e, seja por causa da pista escorregadia ou do destino, eles sofreram um grave
acidente. A jovem não sabe ao certo o que aconteceu, mas acorda como um espectro
de si mesma, como um fantasma que vê de longe tudo ao seu redor: as
ambulâncias, os paramédicos, o sangue… Acompanhando seu corpo, aquele que
parece estar desconectado de seu espírito, a jovem segue para o hospital e, ao
longo de pouco mais de um dia, passa a compreender o que realmente significou a
tragédia que vivenciou. Presa entre a vida e a morte, ela passa a lembrar os
melhores momentos de sua vida, fazendo-nos compreender seus medos e anseios, ao
mesmo tempo em que caminha para o momento final, para sua decisão de ficar ou
ir. E o fato é que, independente do que pareça, a escolha é exclusivamente
dela.
Desta forma, alterando entre passado e presente, o filme mostra
os melhores momentos da vida de Mia, contando-nos quais eram seus planos para o
futuro, fazendo-nos apaixonar por sua família e amigos, e – exatamente por isso
– afligindo-nos com seu doloroso presente. Perto de tudo o que ela tinha, de
tanto amor e carinho, é ainda pior saber o que ela perdeu. Sendo assim, ficamos
divididos entre: sofrer pela personagem e aceitar sua pretensão de desistir de
viver, ou torcer para que, mesmo diante de tanta dor, ela lute para viver e
para ter um futuro diferente. Por isso o filme não é extremamente dramático,
porque ele varia muito bem entre esperança e dor, e porque, assim como a
maioria das histórias voltadas para o público jovem adulto, fala de romance,
faculdade, família e futuro profissional. E eu adorei isso, pois esse detalhe
do filme é característico do livro que o deu origem, tanto é que me emocionei e
me diverti exatamente nos mesmos momentos da história narrada em palavras e da
contada em imagens.
adaptação são: o cenário, as poucas alterações na história original (elas
existem, principalmente no final, entretanto não agridem e alteram totalmente o
rumo da narrativa), a descrição minuciosa do talento da personagem principal
(ela toca violoncelo apaixonadamente, e o filme foi capaz de nos fazer enxergar
esse amor musical), a trilha sonora (culpa da Mia, que namora o vocalista de
uma banda incrível!), e o elenco escolhido. A respeito do último aspecto
confesso que mordi minha língua: inicialmente duvidava dos atores principais,
contudo me apaixonei completamente pelo Jamie Blackley e pela Chloë Moretz. Ele
está incrível no papel de roqueiro apaixonado, e ela foi perfeita na
personificação da menina insegura e sonhadora. Sem contar que, juntos, eles
cumprem perfeitamente bem o papel de casal apaixonado.
talento dos atores principais, as boas músicas, e uma trama repleta de romance,
bom-humor e emoção, o filme me encantou completamente. Por já ter lido o livro,
eu sabia o que da história, porém ainda assim fui surpreendida. Mas, mais uma
vez, tenho que fazer a ressalva: veja o filme pelo que ele é. Apenas sem
comparações e expectativas vocês poderão enxergar a beleza por trás dessa
história.
Trilha Sonora
Sinopse + Trailer
Mia Hall (Chloë Grace Moretz) é uma prodigiosa musicista
que vive a dúvida de ter que decidir entre a dedicação integral à carreira na
famosa escola Julliard e aquele que tem tudo para ser o grande amor de sua
vida, Adam (Jamie Blackley). Após sofrer um grave acidente de carro, a jovem
perde a família e fica à beira da morte. Em coma, ela reflete sobre o passado e
sobre o futuro que pode ter, caso sobreviva.
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