“O jovem ladrão reformado Han Alister é capaz de quase qualquer coisa para garantir o sustento da mãe e da irmã, Mari. Ironicamente, a única coisa valiosa que ele possui não pode ser vendida: largos braceletes de prata, marcados com runas, adornam seus pulsos desde que nasceu. São claramente enfeitiçados — cresceram conforme ele crescia, e o rapaz nunca conseguiu tirá-los. Enquanto isso, Raisa ana’Marianna, princesa herdeira de Torres, enfrenta suas próprias batalhas. Ela poderá se casar ao completar 16 anos, mas ela não está muito interessada em trocar essa liberdade por aulas de etiqueta e bailes esnobes. Almeja ser mais que um enfeite, ela aspira ser como Hanalea, a lendária rainha guerreira que matou o Rei Demônio e salvou o mundo. Em O Rei Demônio, primeiro de quatro livros, os Sete Reinos tremerão quando as vidas de Han e Raissa colidirem nesta série emocionante da autora Cinda Williams Chima.“
sobre quão boa era a série Os Sete Reinos (composta por quatro livros) da
autora Cinda Willians Chima, eu sabia que tinha de lê-lo. Então, quando a
oportunidade de ler e resenhar o livro surgiu, é claro que eu não deixei
passar, afinal como amante de uma boa história medieval vi o potencial que o
Rei Demônio tinha e mergulhei nesta incrível aventura.
faz de tudo para garantir a sobrevivência da mãe e da irmã Mari, que tem uma
vida difícil e precária, e que tem como único bem de valor dois braceletes de
prata marcados por runas antigas. Esses braceletes estão com ele desde quando
Han era uma criança, por isso ele sempre os usou nos pulsos, tanto é que na
medida em que cresceu os braceletes cresceram com ele; são artefatos estranhos
e que ele nunca soube o real significado. Certo dia, coletando raízes e
caçando com seu amigo Dançarino de Fogo, o caminho de Han cruza com o de Micah
Bayar (o filho do Grão Mago, um homem poderoso e ambicioso que tem muita
influência sob a rainha) fazendo com que o jovem acabe com um amuleto muito
poderoso em mãos, algo pertencente a um antigo mago que outrora quase destruíra
o reino: O Rei Demônio.
“Havia algo de malévolo,
mas fascinante, naquele amuleto. Ele emanava poder como o calor de um fogão num
dia de frio.”
Fells, uma garota jovem que deseja governar de forma justa e honesta e fazer o
melhor para o seu povo, assim como fizera Hanalea, a lendária princesa
guerreira que matou o Rei Demônio há mil anos atrás. Raisa acaba de voltar do
Campo Demonai, local em que seu pai vive, e tem de se acostumar novamente com o
requinte da vida no palácio e com a sua preparação para escolher um esposo,
afinal ela já está quase na idade de casar e tem que ser a princesa perfeita. Porém
Raisa não está nem um pouco preocupada em casar-se, quer aproveitar a vida e
ser mais que apenas uma princesa cujo maior objetivo é arrumar um bom
casamento. Não, Raisa é destemida, forte, não está nem aí para o que pensam
dela ou da sua reputação. Quer explorar o mundo, conhecer o seu povo, fazer o
melhor passível para governar, e planejar um casamento ou escolher um
pretendente adequado não está no topo da sua lista de prioridades.
“Verdade seja dita, Raisa
não tinha a menor intenção de se casar tão cedo com quem quer que fosse.”
outro. E a medida em que vamos lendo torcemos desesperadamente para que se
encontrem e para que os mistérios sejam revelados. No decorrer da narrativa vemos
Raisa desbravando o reino e Han tentando mudar de vida. Cinda tem uma narrativa
envolvente, e por ser em terceira pessoa temos uma visão de tudo o que está
acontecendo, além das belíssimas descrições da autora sobre o ambiente onde se
passa a história – outro ponto positivo pra autora.
Entretanto eu tinha altas expectativas com esta leitura, esperava
mais e fiquei um pouco decepcionada. Talvez a magia devesse ter sido mais
explorada, pois ela está presente em todo o livro mas é deixada um pouco de lado
após a autora apresentar os elemento mágicos (como os braceletes de Han e o
amuleto que acaba nas mãos dele), e só volta a reaparecer nas últimas cem
páginas. O fato então é que me pareceu que a autora deixou passar algum
detalhe. Não me entendam mal, eu gostei do livro (4 estrelas não é pra qualquer
livro!), mas eu realmente queria me envolver mais com a trama. O que não muda o
fato de que eu vou querer ler a sua continuação, porque afinal O Rei Demônio é
o primeiro livro da série, um livro que introduz um universo novo e cheio de
possibilidades e que só tem a melhorar. Não tenho dúvidas de que quero
descobrir o que acontecerá com Han e Raisa, estou bem curiosa com sua
continuação mesmo que a expectativa tenha diminuído, o que pode ser bom, então
que venha novembro com A Rainha Exilada, segundo volume da série.
Quanto à edição, fiquei extremamente feliz pela
editora ter mantido a capa original e por ser tão rápida no lançamento da
série, pois em novembro a continuação chega e os dois últimos volumes estão
previstos para o primeiro semestre do ano que vem. A tradução está impecável e
não lembro de ter encontrado nenhum erro de revisão. A capa é linda, tem verniz
localizado nos elementos principais e chama a tenção pelo título. Parabéns a
editora pelo belo trabalho!
uma história que prende o leitor, uma narrativa ágil e muito pra acontecer.
Recomendo a leitura, mas não vá com tanta sede ao pote como eu, assim tenho
certeza que a leitura será extremamente mais prazerosa e surpreendente.
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