Em Apenas um Dia, os momentos de paixão entre Allyson e Willem foram interrompidos de maneira abrupta, lançando a jovem em um abismo de questionamentos e dor. Agora a história é contada pela voz de Willem. Sem saber exatamente o que o atraiu na garota de olhos grandes e jeito comportado, o rapaz inicia uma busca obsessiva por pistas que levem até a sua Lulu mesmo sem saber sequer o seu nome verdadeiro. Enquanto tenta compreender o mistério que os separou, Willem se esforça para costurar relacionamentos desgastados e procura respostas para o futuro. Mais do que uma aventura de verão, o encontro em Paris significou para ele o início da vida adulta. Da mesma autora dos best-sellers Se Eu Ficar e Para Onde Ela Foi, Apenas um Ano reúne todos os ingredientes de um romance imperdível: viagens, saudade, encontros, desencontros e amor.
Editora: Novo Conceito l 352 Páginas l New Adult l Compare & Compre: Saraiva • Submarino • Amazon l Skoob l Classificação: 4/5
Apenas um ano reconta a história de seu precursor, Apenas um dia, pelo ponto de vista do protagonista, o Willem. Como a maioria dos livros da Gayle Forman a trama é repleta de drama, emoção, paixão, encontros e desencontros. Além disso, a obra foca no processo de amadurecimento do mocinho, na dor que ele carrega, e nas dúvidas que giram em torno do seu futuro. Após perder o pai, Willem parte para uma viagem sem rumo e passagem de volta, buscando preencher o vazio que domina seu peito com os prazeres superficiais e temporários da vida. Entretanto, em um instante tudo muda; em um único dia ao lado de Allyson, a garota que ele acabou de conhecer, Willem encontra o que tanto procurava: alguém capaz de enxergá-lo exatamente como ele é, sem máscaras e meias verdades. Assim, entre idas e vindas do destino, fui sugada por essa bela e tocante história de amor, embarcando com Willem em uma viagem repleta de lugares e lições inesquecíveis.
A narrativa de Willem começa exatamente no momento em que ele e Allyson se desencontram. Depois de um dia incrível em Paris o casal é abruptamente separado pelo destino. O fato é que eles não estavam prontos para o sentimento grandioso que os uniu, então é como se Willem e Allyson precisassem passar por algumas provações – por um ano todo de perdão e crescimento pessoal – antes de ficarem juntos. No caso da Allyson, ou seja no primeiro livro, vemos a jovem se libertar do controle opressivo dos pais e passar a lutar pelos seus verdadeiros sonhos. Já a perspectiva de Willem mostra o personagem fugindo da família e da dor que a palavra gera: a lembrança da morte precoce do pai, a venda do que um dia foi seu lar, o abandono da mãe… A presença reconfortante de Allyson gerou em Willem uma fagulha de reconhecimento da dor, porém ele não quer pensar nisso, então segue viajando e tentando fugir dos problemas, ignorando a dor e as lembranças ruins. Contudo, não importa onde Willem esteja – Índia, França, Holanda – a falta da presença reconfortante do pai insiste em acompanhá-lo. Desta forma, o protagonista segue pelo mundo em busca de algo que ainda não sabe nominar; em alguns instantes ele quer reencontrar Allyson, em outros eles quer confrontar a mãe, e nos mais dolorosos esquecer da morte do pai. Mas no fundo Willem sabe do que realmente precisa: não ter medo de amar.
Ao comparar os dois volumes, sem dúvida, eu prefiro o primeiro. Minha conexão com Allyson foi instantânea, enquanto Willem demorou para me envolver completamente – até porque ele foge da dor, o que deixa o começo da leitura mais lento e conflituoso. Entretanto, adoro como as histórias se complementam, como elas mostram os dois lados de uma mesma história de amor, e como descrevem pequenos acasos que transformam uma vida inteira. Amei o crescimento dos personagens principais, amei os dilemas familiares que eles precisam enfrentar, e me encantei com os cenários descritos. Depois desses livros, minha vontade era viajar pelo mundo sem rumo ou data para voltar, deixando o destino me guiar e, principalmente, me surpreender.
“Alguma coisa aconteceu naquele dia. Ainda está acontecendo. Foi apenas um dia e apenas um ano. E talvez um dia seja o bastante. Talvez uma hora seja o bastante. Talvez o tempo não tenha nada a ver com isso.”
Mesmo o começo de Apenas um ano não sendo tão bom quanto o de Apenas um dia, e mesmo a leitura do segundo ter demorado mais para engrenar, ainda acho essa uma das melhores sagas da autora. Sou completamente apaixonada pela forma como ela uniu os destinos de Allyson e Willem, portanto, recomendo a leitura para todos os apaixonados por belas e reflexivas histórias de amor.
Sobre a Série
Apenas um Ano é o segundo volume da saga composta pelos livros Apenas um dia, Apenas um Ano, e pelo conto Just One Night.
Beijos!
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