Olá, galera! Tudo bem? Antes de mais nada: FELIZ 2017! Um ano abençoado e repleto de realizações para todos nós. Desejo muitas alegrias e, claro, leituras maravilhosas.
E por falar em leituras, será que ainda dá tempo de contar quais foram as nossas melhores e piores leituras de 2016? Reuni a equipe do Livros & Fuxicos para contar quais foram os seus livros favoritos e também suas decepções do último ano. Curiosos? Então vem conferir:
Escolhas da May, os Favoritos
Como Se Fosse Magia, Bianca Briones – Mais uma vez tive uma excelente experiência como leitora beta da Bi. Nesse livro ela veio com uma aura de magia e encanto que conquistou completamente meu coração. Eva e Enzo nos presenteiam com um romance fofo, divertido, envolvente e arrebatador. Esse romance é o sonho de qualquer leitora: ver um personagem saindo da página dos livros para te completar de todas as maneiras possíveis, como se fosse magia mesmo.
Mentira Perfeita, Carina Rissi – Mais uma das minhas autoras favoritas marcando minhas leituras do ano com um romance divertido, leve e fofo, mas que desta vez trouxe temas mais sérios para serem abordados. A obra me encantou completamente por ter uma protagonista nerd e muito inteligente e um protagonista lindo que devido a uma fatalidade ficou preso a uma cadeira de rodas. Definitivamente um romance que vale a pena ser lido.
A Caçadora de Bruxos, Virginia Boecker – Uma fantasia medieval que conquistou meu coração. Trata-se da estreia da autora na literatura e traz uma aventura cheia de reviravoltas e descobertas, com uma protagonista que amadurece muito no decorrer da narrativa, que é forte e determinada e não tem medo do perigo. Deixou um gostinho de quero mais e conquistou um lugar entre meus favoritos (Resenha aqui).
Rainha das Sombras, o quarto volume da série Trono de Vidro da Sarah J. Maas – Esta autora sempre aparece em minhas listas, afinal ela sempre me surpreende e arrebata meu coração. Nesta aventura de tirar o fôlego, protagonizada por Celaena, a autora insere tanta informação nova, personagens fortes e destemidas, e nos surpreende a cada novo capítulo de uma forma que é impossível não se apaixonar e não amar cada pedacinho do livro. Recomendo muito (Resenha aqui).
Corte de Névoa e Fúria, segundo volume da trilogia Corte de Espinhos e Rosas da Sarah J. Maas – Sem dúvida esta foi a minha melhor leitura do ano, um livro simplesmente destruidor e arrebatador. Aqui Sarah me surpreendeu completamente e firmou-se como uma das minhas autoras favoritas da vida. A jornada de Feyre é completamente envolvente e em meio a fantasia a autora inseriu temas como o relacionamento abusivo com maestria e uma sensibilidade ímpar, brincando com nossos sentimentos e tomando rumos completamente inesperados nesta sequência de tirar o fôlego. Recomendo demais a leitura desta série (Resenha aqui).
Escolhas da May, as Decepções
Seeker, a guerra dos clãs, Arwen Elys Dayton – Tinha grandes expectativas com este livro, afinal trata-se de uma aventura medieval, com ficção científica, romance e tudo o mais que tanto amo. Porém, embora a leitura tenha sido gostosa, senti falta de alguns esclarecimentos e não gostei da forma como as personagens se comportaram – tanto é que não consegui me conectar e sentir nas ações deles veracidade. Fiquei curiosa com o que está por vir, mas confesso que estou com o pé bem atrás por ter me decepcionado com este primeiro livro (Resenha aqui).
Filha das Trevas, Kelly Keaton – Não foi uma decepção completa, eu gostei da história, porém ela é mais juvenil do que imaginava e poderia ter sido melhor trabalhada. A mitologia é bem diferente, e talvez por ter poucas páginas senti que algumas explicações foram simplesmente jogadas na narrativa e o romance apesar de fofo, para mim aconteceu muito rápido. Tem seu lado positivo e como tinha curiosidade em ler fazia tempo valeu a pena a leitura, entretanto se comparado com minhas outras leituras do ano não teve o brilho esperado e desejado (Resenha aqui).
Escolhas da Aione, os Favoritos
Quarto, Emma Donoghue – Li Quarto para assistir ao filme dele adaptado (O Quarto de Jack) nos cinemas e me encantei pelos dois. A história é forte, mas recebe certa leveza por ser narrada pela visão de uma criança. De qualquer maneira, a sensibilidade da trama e da narrativa transbordam pelas páginas e eu não poderia ter me encantado mais pela leitura.
A Cor Púrpura, Alice Walker – Ainda que eu tenha lido A Cor Púrpura no primeiro trimestre do ano, sabia, assim que o finalizei, que ele estaria nessa lista. O clássico de Alice Walker, adaptado para os cinemas na década de 1980, se tornou um dos meus livros favoritos da vida. “Incrível” é um possível adjetivo para descrevê-lo, mas acredito que não faça jus a ele. O livro se passa nas quatro primeiras décadas do século XX e trata, entre outros assuntos, do racismo e da violência contra mulher, sendo a história contada por meio de cartas escritas pela protagonista, quase analfabeta. Foi maravilhoso acompanhar seu fortalecimento, seu processo de autodescoberta e de libertação através de uma escrita também extremamente sensível e ligada à obra.
Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa – Considerada um dos maiores romances do século XX e a maior obra de literatura brasileira, Grande Sertão: Veredas foi a leitura mais difícil e desafiadora que encarei na vida, e uma das mais espetaculares. Não simplesmente a trama foi magistralmente criada e amarrada por Guimarães Rosa, como sua forma de utilizar a linguagem criou possibilidades e novos significados para ela de maneira praticamente única e inédita. Um livro que, mais do que para ser lido, foi feito para se admirar e degustar em todos os sentidos.
Corte de Névoa e Fúria, Sarah J. Maas – Eu nunca imaginei que elegeria esse livro como um dos melhores do ano, mas não colocá-lo aqui seria completamente injusto. Como não me apaixonei por seu antecessor, Corte de Espinhos e Rosas, iniciei a leitura de Corte de Névoa e Fúria sem expectativa alguma e paguei minha própria língua. O que Sarah J. Maas fez com a história foi simplesmente incrível, e me deixou completamente boquiaberta. A autora demonstrou aqui não só seu domínio narrativo, mas sua capacidade de manipular e envolver o leitor, além de ter dado um banho de intensidade com sua escrita. Terminei a leitura totalmente arrebatada, e ainda sinto o choque que esse livro me causou.
Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, J.K. Rowling – Ok, esse não é um romance, mas sim o roteiro de uma peça de teatro, e talvez não deveria estar aqui. Porém, é Harry Potter, e não colocá-lo seria, no mínimo, injusto. Não tenho palavras para descrever a emoção de ter retornado ao universo mágico criado por J.K. Rowling. Harry Potter e a Criança Amaldiçoada me proporcionou lazer e nostalgia, me deu a sensação de conforto que só um lar pode nos proporcionar. Ri, chorei, me emocionei, me encantei, e me senti novamente grata por J.K. ter nos presenteado com esse mundo fantástico e único.
Escolhas da Aione, as Decepções
A Escolha, Nicholas Sparks – Ok, não foi o pior do autor que já li. Mas, ao mesmo tempo, foi completamente mais do mesmo com o adicional de eu não ter gostado dos protagonistas e do romance entre eles não ter me convencido absolutamente em nada.
Espada de Vidro, Victoria Aveyard – Amei A Rainha Vermelha, mas tive uma decepção gigantesca com sua continuação. Achei o livro com repetições dos mesmos acontecimentos (ou seja, uma enrolação eterna), cenas de ação que mais me deixaram cansada do que ligada na história e com diversas passagens desnecessárias. Inicialmente, a autora havia planejado escrever uma duologia, mas o sucesso do primeiro livro a transformou em uma série com quatro livros. Infelizmente, fiquei com a sensação de que não havia o que ser narrado, e agora temo pelos próximos volumes.
Um Amor de Cinema, Victoria Van Tiem – Sempre sinto meu coração se partir quando desgosto de um chick-lit pelo qual alimentei tantas expectativas. A história tinha tudo para ser uma fofura só por conta da premissa do livro, que cita muitos dos meus filmes favoritos. E devo dizer: a escrita da autora é envolvente e há sim diversas cenas bastante fofas. Contudo, as problemáticas inseridas me impediram de gostar da leitura, principalmente porque o romance não só não me conquistou como também me incomodou pelo seu desenrolar. Isso sem contar as muitas passagens bastante machistas, que fizeram o livro me irritar ao invés de divertir (Resenha aqui).
Não Queira Saber, Lisa Jackson – Apaixonada que sou por um thriller, me empolguei com a sinopse de Não Queira Saber. O que encontrei, contudo, foi uma história que foge do teor psicológico por não trazer uma narrativa em primeira pessoa; uma escrita que não conseguiu me envolver; e personagens tão artificiais que fizeram a trama soar fraca e superficial.
Respire, K.A. Tucker – Acho que eu nem deveria dizer que me decepcionei com Respire simplesmente porque não esperava muito do livro – já sabia que ele era de um estilo que não tem me agradado ultimamente. Ainda assim, dei uma chance e me arrependi. Achei a história com vários furos e contradições, a narrativa bastante fraca e a trama como um todo previsível. O livro passou longe de ter me conquistado.
Escolhas da Ká, os Favoritos
Adorável Heroína, Michael Hingson e Suzy Flory – Um drama real que envolve a sobrevivência de um cego e seu cão guia na tragédia de 11 de setembro. O que dizer desse livro? Ele me pegou de surpresa. Comprei porque o protagonista é um cão guia e amo histórias reais com animais. Mas, conforme ia virando as páginas, deparei-me com os dramas enfrentados por uma pessoa cega, seus desafios e superações e fui capaz de me sentir na pele do protagonista. Revivi o medo e a dor que a queda das Torres Gêmeas causou no mundo inteiro e me alegrei com as histórias de superação (Resenha aqui).
Livraria dos Finais Felizes, Katarina Bivald – Me identifiquei muito com a protagonista (principalmente quando ela diz que os livros são melhores que as pessoas). Antissocial e apaixonada por livros, calada e sem jeito na frente das pessoas, a autora simplesmente me definiu. O livro é bem gostoso de ler. Além disso, me diverti e ri muito com a reação das pessoas de uma cidade pequena ao conhecer uma pessoa apaixonada por livros. Trata-se de um livro perfeito para ler no final de semana (Resenha aqui).
A menina que tinha dons, M. R. Carey – Tive que fazer essa leitura nos intervalos entre as aulas e horário de almoço, porque simplesmente não consegui me desligar da história. Um futuro pós-apocalíptico em que uma garotinha pode salvar ou destruir o que resta da humanidade. Só de pensar nesse final fico com frio na coluna.
Depois da última dança, Sarra Manning – Ambientado na 2º Guerra Mundial e também no século XXI, o livro me cativou com a história de Jane e Rosie. Adorei acompanhar as mudanças que Rose sofreu por causa da guerra. Toda vez que abria o livro flutuava para dentro do Rainbow Corner para dançar com Rose e suas amigas. Apaixonante (Resenha aqui).
Como eu era antes de você, Jojo Moyes – Li porque queria ver o filme e por ter sido impactada pela história. O filme foi muito superficial, mas a vida de Lou realmente me tocou. Os problemas pelos quais Will passou me emocionaram muito e fizeram questionar algumas ideias sobre a vida. Maravilhoso!
Escolhas da Ká, as Decepções
Cidade em Chamas, Garth Risk Hallberg – Me deixou com um gosto amargo na boca. Talvez tenha sido essa a intenção, mas não me senti à vontade com a história. Sei que o livro é ambientado numa Nova York repleta de gangues, crimes, corrupção e violência, mas a história é tão crua e a violência me pareceu tão gratuita.
A Rosa e o Dragão, Vanessa Pereira – Quando vi na livraria me encantei por se tratar de um livro com seres sobrenaturais e, principalmente, por ser escrito por uma brasileira. Contudo, não custou muito para a narrativa me desapontar. As coisas foram acontecendo muito rápido como, por exemplo, Desireê conhecer um rapaz por quem se apaixona em um único dia e no dia seguinte ele a convidar para fugir de casa e ir morar em um clã de vampiros com ele. Ela sequer se surpreendeu ou parou pra pensar. Como assim, minha gente? E do nada, mais seres sobrenaturais foram aparecendo sem uma explicação lógica e quando chegou no ápice do livro, a profecia que definiria o futuro da protagonista, ela simplesmente ignorou. Não refletiu sobre o tema, não se questionou, apenas sorriu e deu um abraço na pessoa a sua frente. Esperei demais do livro.
E aí, o que acharam das escolhas? Engraçado que alguns desses livros – uns até da lista de decepções – estão na minha lista de Favoritos de 2016. Gravei dois vídeos sobre isso, quem já viu?
Espero que tenham gostado das nossas escolhas! E contem pra gente quais foram os melhores livros que leram em 2016.
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