A emocionante história de uma advogada, seu cão
adorável e um diagnóstico devastador. Namorado novo, casa nova. Teresa Rhyne
está tentando reestruturar a sua vida depois de dois casamentos fracassados.
Porém, pouco tempo depois de ter adotado Seamus, um beagle totalmente
incorrigível, os veterinários atestam que o cãozinho tem um tumor maligno e
menos de um ano de vida. O diagnóstico deixa Teresa devastada, mas ela decide
lutar e aprender tudo que está ao seu alcance sobre o melhor tratamento para
Seamus. A bem-sucedida advogada não tinha como saber, naquele momento, que
estava se preparando para o próximo grande obstáculo de sua vida: um
diagnóstico de câncer de mama.
Editora
Universo dos Livros || Skoob || Compare & Compre|| Classificação:
5/5||
Resenha
da Kamila Mendes
vista. Não sei dizer se foi o título, o lacinho rosa (símbolo da luta contra o
câncer de mama), ou o lindo beagle na capa… Só sei que a decisão de levá-lo
para casa veio ao ler a sinopse. Quando li sobre a luta de Teresa para salvar
seu cão de um câncer e depois para sobreviver, pensei: “preciso ler, não
importa se eu vou passar dias chorando em depressão profunda preciso saber que
outras pessoas também lutam por seus bichinhos como eu”. Sim! Sou uma ativista.
Só não me tornei protetora porque ainda moro com meus pais, e se colocar um
cãozinho ou gatinho de rua em casa minha mãe põe nós dois na rua (eu e o
peludinho resgatado)! =//
cachorros sabem que, de alguma forma, é perfeitamente normal gastar milhares e
milhares de dólares em carros chiques, televisões enormes, joias caríssimas e
até cirurgia plástica, mas, se você escolhe gastar o seu dinheiro com um
animal, não importa quão importante ele for para você, algumas pessoas farão
uma cara feia de reprovação e irão julgá-la. Algumas irão chamá-la de doida e
darão péssimas sugestões, como matar o bicho de estimação. Mas eu ganhei esse dinheiro. Posso gastá-lo da forma como eu quiser. E
sempre vou escolher meu cachorro em vez de um carro novo, mais roupas ou,
como indicava o andar da carruagem, férias. Eu não me importava. Queria que
Seamus vivesse.” Pg. 129 (grifo meu).
das Editoras parceiras para entregar, guardei-o na estante esperando a
oportunidade. Outubro chegou e com ele a
luta contra o câncer de mama, simbolizado pelo lacinho rosa. Lembrei-me do
livro e comecei a ler. Nas primeiras 20 folhas me apaixonei por Teresa e suas
desilusões amorosas e seu medo de amar novamente. Enquanto lia esse livro, revivi
alguns momentos dolorosos, mas que valeram muito. Tive muitos peludos em minha
vida. Cães e gatos que foram meus filhos e sobrinhos, com os quais gastei
dinheiro que poderia ter investido na minha faculdade, ou em uma poupança. Mas
não teria feito diferente. Teria feito o mesmo, ou mais, se tivesse o mesmo
conhecimento que tenho hoje.
desistiu de seu filho. Ela lutou por ele, gastou milhares de dólares e sentiu o
preconceito de lutar pela vida de um animal. A única pessoa com quem podia
contar era com seu namorado Chris. Nesse meio tempo, ela inda não tinha muita
certeza sobre o que tinha com Chris: era um namoro? Um caso? Uma pegação? Ela
não tinha certeza de nada. Só de que queria salvar Seamus.
envolveu com Chris, Teresa não procurava um namorado, só uma aventura, algumas
noitadas e um bom vinho. E acabou arranjando um “filhote” como suas amigas o chamavam,
já que Chris era quase dez anos mais novo. Tereza estava perto dos 40 anos e
Chris tinha 29.
Seamus resolve os problemas emocionais de Teresa. Claro que ele não é um
cachorro mágico, mas a personalidade possessiva e brincalhona de Seamus ajuda
Teresa a encarar seus problemas com outra perspectiva. O beagle também ajuda
sua dona quando surge um problema com Chris e seus sogros. Sim, este cachorro é
quase um santo casamenteiro!!! Nota
mental: preciso mandar meu filho mais velho (meu gato siamês, chamado
Gawen) passar uma temporada de aprendizado com Seamus.
câncer de Seamus é diagnosticado. É então que a mulher pessimista dá lugar a
uma cuidadora guerreira e otimista, que enfrenta os piores diagnósticos médicos
e gasta milhares de dólares em busca da cura para seu cãozinho. O que Teresa
não sabe, e os leitores também descobrem na segunda parte do livro, é que o
câncer de Seamus foi uma preparação do destino: Teresa encontra um caroço em
seu seio e no mês em que todos comemoram, ela tem mais um motivo para chorar:
dezembro é o mês das tragédias em sua vida e foi o mês em que o câncer de
Seamus foi descoberto e agora o seu câncer também foi descoberto (um triplo
negativo).
supostamente eu choraria. Mas eu sorri. Eu ri e comemorei cada vitória. Resmunguei
com Teresa. Senti-me indo à quimioterapia e tendo que deixar meu filho canino
com vizinhos e amigos enquanto submetia meu corpo ao envenenamento, apenas para
tentar matar uma gangue de células malvadas (como Teresa descreve o câncer).
sentou e se afogou em sua própria miséria, mas então veio Seamus e com sua
“dança da torrada” fez com que ela pensasse: o cão viveu, então eu viverei e
foi aí que surgiu a ideia de criar o blog The Dog Lived (and So Will I),
que deu origem a este livro. O bom do
título em inglês (o mesmo do blog) é que ele já da a certeza de que ambos
sobrevivem, mas isso não estraga a leitura, pelo contrário, estimula o leitor a
continuar!! Pois o interessante aqui é a forma como ambos, cão e humana,
enfrentaram a doença e decidiram contar isso ao mundo. Sim, Seamus também tomou
essa decisão u.u
cuja autora narra suas aventuras de forma minuciosa, sem ser cansativa,
intercalando momentos bem humorados a momentos tristes, ansiosos, e de pura
ironia na medida certa, fazendo com que o livro seja viciante. Seamus é um caso
a parte. Conquistou até o cirurgião de Teresa.
sobre Teresa e Seamus clique aqui, no site da autora ou aqui, na página do livro no Facebook.
cães nunca deixam de amar no mês de Outubro foi tão oportuno justamente por
conta da onda de criticas positivas e negativas sobre as atitudes dos ativistas
que invadiram o Instituto Royal para salvar os beagles cobaias. Pois bem,
aproveito a resenha para deixar minha opinião: não, não sou a favor de testes
em animais. Sim, já tive parentes com câncer. Meu avô materno e tia (que me
criou como filha) morreram de câncer, minha mãe teve câncer e mesmo assim sou
contra testes em animais. Sim, eu uso cosméticos e mesmo assim sou contra testes
em animais. O criador da vacina contra poliomielite admitiu que os testes feitos
em primatas e cães atrasaram em dez anos a descoberta da vacina. Uma cientista
relatou recentemente que há sim uma alternativa aos testes, mas acontece que os
testes em animais são demonstrativos e as empresas pagam pelos resultados,
logo, os laboratórios querem dinheiro. Então, não é pela sua saúde, nem pela
sua beleza. É pelo dinheiro que eles vão ganhar!
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