das minhas séries literárias favoritas. Romântica, surpreendente, repleta de
ação e mistério e – claro – com uma mocinha incrível, a trama me conquistou
completamente. Sendo assim, desde que a Richelle Mead (autora da saga) divulgou
a notícia de que seus livros seriam adaptados para as telonas meu coração ficou
esperançoso; eu não via a hora de ver a Rose e o Dimitri nas telinhas,
arrebatando corações de telespectadores do mundo todo. Contudo, conforme as
notícias a respeito do filme começaram a aparecer nas redes sociais eu fiquei
com medo, muito medo… O elenco não me agradou, principalmente a escolha do
casal principal, e o lado cômico da história sobrepondo o clima de tensão e
ação me deixou enfurecida! Nesse momento, após vários trailers suspeitos e uma bilheteria
mundial pouco atrativa, a Diamond Filmes deu a notícia de que não iria
distribuir o filme no Brasil, nota para a qual eu nem liguei, afinal já estava esperando
uma tragédia de adaptação. Porém, agora que eu assisti o longa-metragem
confesso que estou tentada a pensar que
essa não foi uma decisão (por parte da Diamond) tão sábia assim.
Como uma fã dos livros eu devo dizer: Dan Waters (roteirista)
e Mark Waters (produtor) mudaram completamente a essência da história descrita
do livro. Enquanto na obra o que prevalece é o mistério e a ação, no filme –
mesmo que tenhamos bons momentos de luta e perseguição – o destaque está na
sátira dos vampiros e de seus costumes. Sem contar que, enquanto o livro
caminha para algo maior, para uma guerra que vai além das barreiras escolares,
o filme foca bastante em rixas juvenis, que parecem muito mais brigas de
popularidade. O fato é que Mark Waters é conhecido por seu trabalho em “Meninas
Malvadas”, e ao saber disso fica óbvio que em Vampire Academy ele quis priorizar o bom-humor e a ironia nata da
personagem principal, criando assim uma história divertida que fosse capaz de
conquistar o público jovem já saturado de narrativas escolares sobre sugadores
de sangue. Contudo, além de não conseguir atrair esse público-alvo,
infelizmente ele também deixou muitos fãs chateados com suas mudanças.
personagens, da caracterização completamente diferente de alguns membros da
história, do foco estudantil e fútil
dado à história, e muito menos da explicação genérica utilizada para pontos tão
importantes da história. Eu li os livros e sim, não gostei nadinha disso senhor
roteirista! Contudo, mordo a língua e digo que, apesar de tantos aspectos
negativos, a história ficou sim bem divertida e envolvente à sua maneira. Para
quem não sabe a Rose, nossa protagonista, é a rainha das ironias, então ao
focar nesse aspecto o roteirista deu um ar muito engraçado à trama, brincando
com a relação do espírito entre Rose e Lissa, com a maneira dos vampiros Moroi
se alimentam, e até mesmo com o fato desses vampiros não serem do tipo que “brilham
quando expostos ao sol”. De fato, acho que se eu não tivesse lido os livros eu
teria adorado o filme. E esse é o ponto chave, o longa-metragem ficou bom, não
ficou fiel ao livro e por isso a minha revolta, mas ainda assim é um típico
filme juvenil e escolar divertido e misterioso (bem melhor até que Crepúsculo,
e olha que eu curto a saga).
filme tem algo que eu – mais uma vez mordendo a língua – amei: a Zoey Deutch
como nossa Rose Hathaway. De princípio eu odiei a escolha, afinal a atriz não
tem o corpão e a cara de “pronta para a briga” que a personagem tem, contudo
ela atuou bem o suficiente para se transformar na nossa heroína corajosa e boa
de briga. Irônica, boa lutadora, pronta pra defender os amigos, fortona mas com
emoções tipicamente juvenis, e com uma reputação nada digna de uma menininha, a Rose do filme rouba a cena
e deixa o longa-metragem digno de boas risadas.
Lissa, muito menos pelo Danila Kozlovsky como o divo do Dimitri – achei que
eles ficaram muito apagados na história, principalmente o Dimitri –, contudo também
não achei suas atuações completamente ruins. Assim como os efeitos especiais, a
trilha sonora e a composição do cenário, eles foram bons, cumpriram o esperado,
apenas não surpreenderam.
é tão bom quanto o livro. E mesmo que alguns me julguem por isso, devo dizer
que no final, na hora de pesar os prós e os contras, eu acabei gostando mais do
que odiando a adaptação. Foi um tempo bem aproveitado, em que me diverti e
fiquei torcendo pelo casal lindo que eu adoro – suspira – e que merecia sim mais filmes. Então por favor produtores
e estúdios de produção, não abandonem a saga, deem a ela uma segunda chance, se
não for pela história, ao menos pelo Adrian, afinal a gente merece vê-lo nas
telas do cinema ♥.
Duração: 1h45min.
Ano: 2014.
Gênero: Ação; Sobrenatural; Fantasia.
Classificação: 3/5
Na escola de vampiros St. Vladimir estudam Rose e Lissa, duas melhores amigas. Rose é meio humana, meio vampira, e perdeu toda a família em um acidente. Ela tem o dom de entrar na cabeça de Lissa, uma princesa que domina o elemento do Espírito, sendo capaz de curar pessoas e animais. Juntas, elas vão proteger os vampiros Moroi dos inimigos Strigoi.
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