A
autora do best-seller de “Entre o agora e o nunca” e “Entre o
agora e o sempre” traz uma história de paixão e sobrevivência. Sarai era
uma típica adolescente americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e
conseguir uma bolsa em alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada
pela mãe para viver no México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de
drogas e mulheres. Ele se apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a
mantém em cativeiro. Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com
meninas que não têm a mesma sorte. Depois de nove anos
trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida
normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar. Victor é um assassino de
aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi
treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar
um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é
diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo
ou seduzi-lo. Em “A morte de
Sarai”, primeiro volume da série Na Companhia de Assassinos, quando as
circunstâncias tomam um rumo inesperado, os dois são obrigados a questionar
tudo em que pensavam acreditar. Dedicado a ajudar a garota a recuperar sua
liberdade, Victor se descobre disposto a arriscar tudo para salvá-la. E Sarai
não entende por que sua vontade de ser livre de repente dá lugar ao desejo de
se prender àquele homem misterioso para sempre.
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Classificação: 4/5
completamente; nunca havia lido um livro com um romance tão obscuro quanto
esse. Confesso que criei expectativas demasiadas e que esperava algo diferente,
contudo não nego que a surpresa foi boa. Foi incrível me deparar com uma
história que emociona por ser cruelmente real. Não pensamos nisso com
frequência, mas existem milhares de mulheres como a Sarai, protagonista do
livro, espalhadas pelo mundo: crianças vendidas pela família, jovens que
crescem em meio à escravidão, ao abuso e a violência, e mulheres que há muito
perderam a esperança e deixaram-se contaminar pela realidade ao seu redor.
Portanto, levando em conta a vida de Sarai, é óbvio que essa história é tudo menos romântica. Existe desejo e paixão,
mas os personagens estão corrompidos demais para serem capazes de amar. E sabe
o tal do clichê que diz que o amor cura tudo? Quando você passa anos sendo
abusada física e mentalmente, vive no meio de drogas e corrupção e, para
sobreviver, aprende a abrir mão dos seus valores, nada pode tirar a escuridão
de você, mesmo que minimamente, o medo e a dor passam a correr em suas veias.
Então não importa o quanto você seja amada, a podridão do passado ainda
consumirá seu coração. Triste? Talvez sim, mas essa é a mais pura realidade.
“Eu tenho medo de tudo. Do que o amanhã
vai trazer e de não estar viva para viver. Tenho medo que Javier ou qualquer um
entre por essa porta e me mate enquanto eu durmo. Tenho medo de nunca levar uma
vida normal. Nem sei mais como é ser normal.”
a dependência química de sua mãe é fácil presumir que Sarai não teve uma infância
fácil, entretanto, por mais conturbada que sua vida fosse ao lado da mãe, pelo
menos ela tinha um lar. Uso o verbo no passado porque tudo isso foi tirado dela
aos quatorze anos, idade com a qual a jovem foi levada para um lugar
desconhecido no México e feita de refém por longos nove anos de sua vida. Imagine crescer em
um cativeiro sustentado por vendas de drogas e prostituição; impossível se
manter alheio a tudo isso, certo? Depois de viver tantos anos em um mundo
violento e injusto, Sarai arruinou uma parte de sua alma – uma parte inocente e
pura. Porém, mesmo com suas máscaras bem esculpidas ela nunca perdeu a
esperança de que um dia sairia do cativeiro e teria uma vida normal. Já Victor, o outro personagem principal da
história, é um matador profissional que está longe de ser uma alma piedosa e
solidária. A vida fez dele um homem duro e fechado que, mesmo sem querer se
envolver, será a ponte de fuga da jovem Sarai. Graças ao convívio forçado eles,
mesmo relutantes em aceitar, descobrirão que são muito parecidos. O problema é
que, ao contrário do que esperamos, a relação deles só vai lembrá-los o quanto ambos
estão destruídos. Ao entrelaçarem suas vidas eles serão constantemente
lembrados do que poderiam ter tido, dos amores e da normalidade que perderam para
sempre. Afinal, mesmo longe do cativeiro, Sarai sabe que nunca será uma garota normal.
Enquanto Victor, que carrega nos ombros o peso de inúmeras mortes, sabe que a
vida que tem é mais do que poderia esperar.
gira ao redor da vida de Sarai e de Victor, do que eles já tiveram e do que
poderiam vir a ter. Os dois são de personagens obscuros que revelam uma faceta
social pouco abordada na literatura, entretanto é a realidade de Sarai que mais
emociona o leitor. Sei que
estamos falando de ficção, mas não é difícil presumir que essa história não é tão
diferente da de milhares de mulheres espalhadas pelo mundo. Nesse ponto fui
sensibilizada; não tem como se manter indiferente a tamanha dor, medo, injustiça
e raiva. Assim, enquanto Sarai narrava sua vida no cativeiro eu senti pena e
asco por ela. Durante o período em que ela tenta fugir e ter uma nova vida,
torci enlouquecidamente pela personagem. E quando o fim trouxe a dura realidade
de que, independente de onde ela esteja, Sarai foi modificada pelos anos de
cativeiro, entrei em desespero. De fato, são tantas emoções que fazem o livro
tão forte e profundo que simplesmente o devorei,
me senti incapacitada de romper a leitura enquanto não lesse as últimas linhas
da trama, ou seja, enquanto não esgotasse todas as minhas esperanças de um final feliz.
e superação, a história também traz um romance complexo e doloroso. Em suma,
temos a união de dois personagens marcados pela morte; eles já perderam tanto
que não possuem medo de abraçar a escuridão ao seu redor e, exatamente por isso,
não possuem nada para oferecer. Com o coração endurecido pela vida eles não são
capazes de amar plenamente; o tempo que passam juntos faz com que eles se
importem um com o outro, mas amor é uma palavra que não existe do vocabulário
deles. Portanto, o livro não conta com juras de amor eterno, ele caminha para
uma possível relação, apresentando inúmeras
situações de entrega, carinho, e até mesmo paixão, mas nada emocionalmente assumido. E é
isso que deixa o leitor com o coração na mão. Sarai e Victor já sofreram
demais, eles merecem encontrar a felicidade, mas depois de tudo o que passaram
é fantasioso demais esperar que seus corações sejam totalmente curados. E como
bem sabemos, coração machucado não se entrega, não vive e muito menos ama.
Parte de mim queria acreditar que a relação dos dois seria capaz de mudá-los,
mas a voz da razão me faz compreender que eles sempre estarão marcados pelo
passado; é escuridão demais para fingir que tudo ficará bem. Assim, o dilema da
autora é: tornar tudo lindo mas irreal, ou deixar as coisas obscuras e
verdadeiras como elas realmente são. Não sei vocês, mas nesse caso não sei o
que esperar ou pelo o quê torcer. Gosto da imprevisibilidade da história e do
fato dela não ser romantizada e clichê, mas também gostaria de um bom futuro
para os protagonistas. Vai me entender!
livro é profundo, obscuro e, melhor ainda, totalmente surpreendente. A narrativa da
autora é ótima, do tipo bem envolvente e emocional, e apesar de eu não saber o
que esperar do romance, estou bem ansiosa para ver como as coisas irão se
desenrolar no próximo volume da trama. Para aqueles que gostam de romances
inusitados e reflexivos, eis uma ótima opção de leitura. Só não esperem doces e
flores, essa história é mais o estilo tiros,
sangue e beijos ardentes.
primeiro volume da série “In the Company of Killers”, composta pelos livros: A
Morte de Sarai; Reviving Izabel; The Swan & The Jackal; Seeds Of
Iniquity; e The Black Wolf (que ainda será publicado pela autora).
primeiros livros focam no casal principal, sendo que os volumes seguintes
envolvem personagens que começarão a trabalhar com o Vitor ou que, muito
provavelmente, tentarão matá-lo, risos. Ainda assim, ressalto que é necessário
ler os livros na ordem.
amar essas capas? LINDAS demais!
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