pessoal é passível de contestações. Afinal
gosto é mesmo relativo; depende da
experiência, da maturidade, da razão e da emoção do avaliador, sujeito da ação que
não precisa seguir nenhuma lógica para definir se gosta ou não de algo. Por esse motivo não existem dúvidas de que a opinião
individual é um fator determinante da personalidade humana, que muda
diariamente por estar sempre em constante processo de transformação, e que sendo
assim, tem seu gosto como objeto de expressão e de parâmetro para tais mudanças.
Entretanto, bem sabemos que as opiniões podem
ser contestadas, entretanto não julgadas. Você pode discordar do texto
que redijo nesse exato momento, pode levantar pontos para sustentar sua opinião,
mas não pode (SIM, não pode!) me julgar
por me expressar ou pensar de forma diferente da sua.
aberto devemos respeitar tais diferenças, deixando de lado o preconceito e o
julgamento imparcial com aqueles que nutrem uma opinião distinta da nossa. Porém,
é fato que em algumas circunstâncias queremos que TODOS ao nosso redor
compartilhem uma opinião semelhante a nossa, e quer exemplo melhor para esse
tipo de situação do que quando estamos falando do nosso livro favorito? Respeitamos
as opiniões diferentes das nossas, escutamos ou lemos sobre os pontos negativos que alguns leitores
encontraram ao ler nosso livro favorito sem julgá-los por isso, mas NUNCA, em hipótese
alguma, deixaremos de ficar incomodados com tal opinião. Faz parte da nossa
natureza defender o que amamos, e por qual motivo isso seria diferente quando
discutimos sobre nossos livros prediletos?
mas não aceitamos as diversidades de opiniões, mas não é exatamente isso, é
que, “POXA, estamos falando do meu livro preferido!”. Como aceitar vê-lo na lista de ‘piores livros lidos no ano’ de alguém?
Ou vê-lo virar motivo de deboche e pouco caso segundo o ponto de vista de um
leitor? Acabamos vivenciando então uma relação de ambiguidade na qual
metade de nós reage com a razão, lembrando-se da importância de respeitar as
diferenças, enquanto a outra metade segue a emoção e fica com o coração
apertado em defesa de uma obra que tem uma grande importância em nossa vida.
preferidos minha primeira reação é de
“NÃO, não podemos estar falando do mesmo livro!”. Confesso minha descrença, pois costumo viver os livros que leio, ainda
mais os que entraram para minha lista de favoritos. Esses geralmente abalam meu
coração, me marcam como leitora e muitas vezes me fazem refletir sobre vários
aspectos de minha vida. Entretanto, tal obra pode ser vista de forma diferente
por outros leitores, afinal já falamos sobre isso, sobre como a opinião é
relativa, e é quando me recordo disso que a razão me leva a experimentar uma segunda reação, a compreensão de quão grandiosa é a nossa sociedade e sua infinita
diversidade de gostos, culturas, etnias e opiniões.
livro favorito’.
Descrença! Cinco minutos (ou mais) depois: |
OK, entendi! |
Mas, sendo sincera, nunca vou deixar de me sentir mal ao ver alguém relatar que
não gostou de algum dos meus livros favoritos. É claro que vou respeitar tal
opinião, mas de início posso não compreendê-la tão bem, pois dói no coração, e aceitar tão facilmente
isso é como uma traição à obra em questão. E o engraçado é chego a imaginar os
personagens me encarando e dizendo: ‘Ei,
você vai concordar com isso tão fácil assim?’ Mas a questão não é
concordar, ou não, não é mesmo? É simplesmente aceitar e compreender que alguém
não gostar do mesmo livro que você não faz dessa pessoa pior ou melhor que
ninguém, muito menos desvaloriza a história que é objeto de julgamentos
diversos. Porém, ninguém disse que isso é fácil…
seus livros favoritos?
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