Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja, mas em seus próprios termos.
Editora: Intrínseca l 480 Páginas l Romance Adulto l Compre aqui: Amazon l Skoob l Resenha: Sabrina Castro
Contrariando minha mania estranha de não ler ou assistir o que o mundo inteiro cobiça, resolvi comprar o e-book de Cinquenta Tons de Cinza antes mesmo de seu lançamento aqui no Brasil (mas agora já tenho meu exemplar nacional). Além disso, foi pura curiosidade. Afinal, a trilogia era, originalmente, uma Fanfic de Crepúsculo e eu precisava conferir.
Bem, Cinquenta Tons de Cinza começa com Anastasia Steele tendo que substituir sua amiga Kate na entrevista que faria a Christian Grey, para um artigo da faculdade. Ana, que sempre quebra os galhos de sua amiga, aceitou o desafio mesmo contrariada, pois Kate estava doente. A princípio, pode-se até comparar – um pouquinho – Ana com Bella: o carro velho, o jeito desengonçado e a aversão à moda. No entanto, apenas isso. Muito provavelmente a autora deve ter modificado várias partes do texto para publicação e, na minha opinião, não vi nada muito relacionado com a saga de Steph.
Christian é um empresário multimilionário, lindo e muito peculiar. Não parece NADA com Edward Cullen (exceto o suspense e o dinheiro) e, se tivesse que compará-lo com uma personagem, diria que ele está mais para Trent “Perfeito” Kalamack, da série The Hollows (ou Rachel Morgan), de Kim Harrison. Adoro homens misteriosos e sérios, mas com aquele ar sedutor e olhar cheio de promessas. Esse é Christian Grey. Às vezes é meio seco e arrogante, mas os motivos vão sendo desvendados conforme a leitura se aprofunda.
Ao fim da entrevista, Ana e Christian já estão envolvidos. Ela, virgem com seus 21 anos e seus hormônios a flor da pele. E ele, com seus 27 anos (no Brasil traduziram 28) de puro charme e acostumado a ter tudo o que quer. Após este fato, eles se encontram mais duas vezes, mas durante a comemoração pelo término de suas provas e conclusão da faculdade, Ana bebe demais e acaba ligando para Grey. Daí, é fácil imaginar o que vai acontecer, não é?
Grey manifesta uma pontinha da superproteção de Edward e vai em busca de salvar sua donzela indefesa. Eles passam a noite juntos, mas não rola nada. AINDA. Em seguida, há alguns acontecimentos até que ele a convida para jantar e a leva para seu “matadouro” (risos). É aí que a coisa fica sinistra. Claro está o interesse dos dois, mas Grey tem uma PAPELADA que precisa ser assinada antes de qualquer relação sexual. Você fica: WHAT? E eis o grande segredo do cara de olhos cinza: Ele é meio “pervertido”. Não no sentido pejorativo, mas é que ele gosta de sexo não convencional, se é que me entendem.
No início Ana fica perplexa e, quando ele descobre que ela é virgem, tudo muda. Não que os fetiches dele desapareçam instantaneamente, mas um lado (lá no fundo) mais romântico aflora. Daí em diante, minha gente, a coisa esquenta. O livro é regado a la J. R. Ward. Tirando a parte chata em que Ana lê o contrato com seus deveres e obrigações, o livro do início ao fim é muito bom. É gostoso de ler, principalmente a troca de e-mails deles (é muito bacana).
Grey tem segredos e Ana quer desvendá-los. Ela é luz e ele é trevas… É um “romance” intenso e eles percebem que não conseguem ficar longe um do outro. Ri em vários momentos, imaginando as caras e bocas da Ana e de seus pensamentos um tanto engraçados envolvendo a sua “deusa interior”. Ana se vê diante do cara mais perfeito que já viu em toda sua vida e ele também está apaixonado por ela. Porém, ele não é do tipo que namora e passeia de mãos dadas pela rua. Ele é do tipo possessivo, dominador, controlador ao extremo e cheio de fetiches… Mas que vai TENTAR (suspira) ser o homem que ela deseja. Isso é lindo! Uma das minhas partes favoritas.
Deixando o enredo principal de lado, é inevitável perceber que Grey tem traços de uma infância traumática e que isso influenciou severamente na construção da sua personalidade. Além disso, você se depara com inúmeras descobertas, superações… No entanto, esses detalhes nas entrelinhas só são percebidos se você não ficar paranoico procurando comparações com Crepúsculo. Por essa razão, considero o livro reflexivo, apesar das inúmeras cenas de sexo e comentários sobre o texto ser ruim e fraco (não ao meu ver, claro).
Fiquei realmente maravilhada com a forma que a autora desenvolveu a trama. Grey, mesmo sendo um homem maduro e com mais experiência de vida que qualquer um de nós vá ter, ainda assim não havia descoberto o amor, não sabia que poderia ser amado e por aí vai. É um livro simplesmente incrível. E não me refiro ao erotismo, mas sim aos detalhes. Já Ana, não me surpreende tanto, pois tem atitudes que se esperam de uma jovem de 21 anos e é pouco experiente. E parte do encanto se dá por conta disso, pois os dois se descobrem juntos! So cute!
Bem, acredito que, ao resenhar um livro, expomos nossas opiniões apenas para debate e não como um veredito. Então, recomendo que leiam e tenham suas impressões. Eu adorei, já li o segundo e estou super ansiosa pelo terceiro. Vou ficando por aqui, senão acabo contando todo o livro para vocês! *-*
É isso. Se eu recomendo? Claaaaaro que sim!
Quotes Preferidos
“(…) Não quero perdê-lo. Apesar de todas as suas exigências, de sua necessidade de controle, de seus vícios assustadores, nunca me senti tão viva como agora. (…) O que posso dizer? No fundo, eu só queria mais, mais afeto, mais o Christian bricalhão, mais… amor.” (pág. 317/318)
“- Eu quero ainda mais – sussurro. – Eu sei – diz ele. – Vou tentar. Pisco para ele, ele larga minha mão e puxa meu queixo, soltando meu lábio mordido. – Por você, Anastasia, vou tentar.” (pág. 318)
Comente via Facebook