uma vez uma estante abarrotada de livros e uma mocinha, que mesmo sem ter tempo
para lê-los, não se contentava com sua coleção e almejava mais, sempre mais
livros”.
que todo leitor, em um determinado momento de sua vida, se depara com a
realidade de que compra livros com uma
frequência muito maior do que os lê. O que não quer dizer que compramos
nossos amados livros com uma intenção velada de não lê-los, muito pelo
contrário, contudo mesmo quando mantemos uma enorme pilha de livros ainda não
lidos, queremos sempre comprar livros novos. Nunca, e isso é fato, estamos
satisfeitos com a quantidade de livros que temos, e exatamente por isso
acabamos com pilhas e pilhas de livros para ler, e considerando o tempo
reduzido que nós (boa parte, pelo menos) possuímos para se dedicar a leitura, o
resultado só poderia ser um ritmo de leitura inferior ao de compra.
sobre a atual situação da minha estante (abarrotada de livros que ainda não li)
me dei conta de que possuo livros para ler que foram comprados dois anos atrás.
Livros que no ato da compra pareciam minha prioridade de leitura, mas com o
tempo perderam o encanto e a vez na minha fila de leitura. Entretanto, todos
eles possuem um significado para mim e por isso, não consigo me desfazer deles.
Talvez eu só consiga lê-los daqui mais dois anos, quem sabe, no entanto a
lembrança da compra, o motivo que me levou a comprá-los é sempre nítido em
minha memória, me ligando a essas obras e as tornando parte de mim. O problema
é que isso não faz sentido, mas quem disse que precisamos encontrar um
significado para tudo?
compram bolsas de grife. Às vezes, só gosto de saber que os tenho e lê-los de
fato não vem ao caso. Não que eu não termine lendo-os todos, um por um. Eu os
leio. Mas o mero ato de comprá-los me deixa alegre – o mundo é mais promissor,
mais satisfatório. É difícil explicar, mas eu me sinto, de alguma forma, mais
otimista. A totalidade do ato simplesmente me faz feliz.” – Ler, Viver e Amar (Jennifer Kaufman e
Karen Mack).
me considerava uma leitora compulsiva, eu realmente lia de tudo um pouco, assim
como ainda faço hoje em dia, mas pensando no significado do termo em questão,
percebi que não sou, no geral, uma leitora compulsiva, eu não escolho minhas
leituras influenciada apenas pela magnitude ou “irresistibilidade” de um livro, é claro que esses fatores podem me
deixar curiosa a respeito de uma obra, mas não são elementos decisivos para a
leitura da mesma, entretanto, isso não ocorre quando o assunto é a compra de livros.
consegue conter ou a que não se consegue resistir. (Fonte).
nenhuma regra. Tem promoção? Estou
dentro; O livro só está recebendo elogios
pelo mundo todo? Vou ter que comprar; O
livro divide opiniões? Quero ler para saber o que vou achar; É da minha autora preferida? Então
lógico que vou comprar; Tem uma capa
linda? Cara, como resistir a uma capa bonita? Como deixei claro, eu
simplesmente me deixo levar pelo momento, compro mesmo, algumas vezes pesquiso
sobre a obra antes de pagar por ela, outras não, tudo depende do meu estado de
espírito, e sabe por quê? Porque eu AMO
comprar livros novos, ou seja, com certeza sou uma compradora compulsiva de livros.
mãe fica louca com minhas constantes compras de livros e vive me dizendo que em
um futuro próximo vou ter que vestir meus
livros (Que isso mãe!), meu namorado quase não acredita quando compro
livros novos, ele sempre pergunta “-Mas você já leu os últimos que comprou?”
(Ops amor, eu juro que vou ler, só não sei quando), minha irmã já não sabe como
ainda consigo pagar minhas contas e meu pai acha que a qualquer momento minha
estante vai cair com o peso de tantos livros (Por isso preciso de uma estante
nova, pai!). E o que eu acho de tudo isso? Acho
lindo! Nada se compara ao prazer de comprar um livro, de guardá-lo em sua
estante, de sentir o aroma de livro novo. Não adianta, isso me deixa feliz, eu
sei que vou demorar para lê-los, e isso me aflige, mas não tê-los seria bem
pior.
livro novo, tocar as capas e folhear um livro cujas páginas nunca tinham,
possivelmente, sido tocadas antes. E, se era estranho sentir-se daquela
maneira, bem, ela não se importava. Algumas pessoas eram obcecadas por sapatos
e os amavam com paixão. Sapatos eram legais, mas você não pode ficar acordado a
noite toda lendo um, pode?” – Uma
proposta Irrecusável (Jill Mansell).
geral, simplesmente não resisto a um livro novo, se tenho
dinheiro, se posso gastar (ou até quando não posso), eu realmente vou querer
comprar livros novos. Isso se tornou uma terapia, uma atividade que vai além do
prazer, pois gera sensações distintas, únicas, inexplicáveis. Comprar um livro
novo é um mistério, uma aposta, o
livro pode se tornar uma das suas paixões, pode te apresentar uma aventura
única, te fazer refletir, amadurecer, ou pode apenas te divertir e entreter, assim,
vou sempre apostar nos livros, ou seja, vou
sempre comprá-los, o leque de emoções relacionado com as infinitas possibilidades
que eles representam é suficiente para me manter compulsiva no momento da
compra, eu simplesmente me deixo levar e sinceramente, não me incomodo nenhum
pouco com isso. Assumo, sou compradora
compulsiva de livros! Mas me diz, tem vício melhor que esse?
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