“Chick-lit” é um gênero literário que abrange a vida da mulher moderna, sendo voltado, principalmente, para o sexo feminino. São romances leves, com um toque de humor, que narram o quotidiano e entram fundo nas dúvidas e emoções das personagens, transmitindo, normalmente, a sensação de estar lendo o relato de uma amiga. As história nesses livros poderiam facilmente ser uma conversa entre garotas ou mulheres, na qual há compartilhamento de sonhos, segredos, confissões.
BIOGRAFIA
Helen Fielding nasceu em Yorkshire, Inglaterra, em 1958. Estudou inglês na St. Anne’s College, em Oxford, e iniciou sua carreira como pesquisadora de notícias da
Nationwide, um programa de televisão da BBC. Foi promovida à produtora de alguns programas de entretenimento e, posteriormente, escreveu e produziu alguns documentários sobre o Sudão, inclusive para o lançamento de
Comic Relief, um programa filantrópico da Inglaterra.
Durante a década de 90, trabalhou como jornalista e colunista de diversos jornais nacionais, como The Sunday Times, The Independent e The Telegraph. Foi nesse período que escreveu seus dois primeiros livros – Causa Nobre (1994) e O Diário de Bridget Jones (1996). Esse último começou como uma coluna anônima no jornal The Independent em 1995, mas seu sucesso foi tão estrondoso que acabou originando o livro responsável por firmar a presença dos chick-lits. Em 1999, ganhou a continuação Bridget Jones: No Limite da Razão, e em 2001 foi adaptado para os cinemas com Renée Zellweger, Hugh Grant e Colin Firth nos papeis principais. O segundo livro foi adaptado em 2004 e, no ano passado, foi publicado o terceiro e inesperado volume da série Bridget Jones: Louca Pelo Garoto, ainda sem adaptação prevista para os cinemas. Helen Fielding também é autora do livro A Imaginação Hiperativa de Olivia Joules (2003).
OBRAS
– Série “Bridget Jones”
– Demais livros
CURIOSIDADES
- “O Diário de Bridget Jones” é considerado o consolidador dos chick-lits, tendo Bridget Jones como uma espécie de anti-heroína. Para criá-la, a autora se baseou em suas próprias experiências cotidianas, bem como nas de suas amigas;
- O livro, ainda, é baseado em Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, sendo possível reconhecer diversas cenas do original na obra de Fielding, sem contar as personalidades das personagens e os relacionamentos entre elas. Mr. Darcy e Mark Darcy arrancam suspiros mesmo vivendo em séculos diferentes;
- A Imaginação Hiperativa de Olivia Joules também teve suas influências: uma mistura de James Bond com Nancy Drew (personagem de uma famosa série de mistério americana);
- Causa Nobre, além de divertido, contém uma crítica sobre eventos de caridade promovidos por celebridades com o intuito de auto-promoverem suas imagens. A autora se baseou em suas próprias experiências como produtora e escritora do programa Comic Relief e dos documentários sobre a África para criar o livro.
POLÊMICA: A MORTE DE MARK DARCY
A notícia do retorno de Bridget Jones causou alvoro e revolta entre os leitores. Isso porque, junto dela, veio a notícia da morte de Mark Darcy. Bridget, agora com 51 anos, leva sua vida quatro anos após a morte do marido, ainda enfrentando problemas com a balança, tentando aprender a lidar com a tecnologia e iniciando um relacionamento virtual com um garoto de 29 anos.
A autora, em sua defesa, explicou que ficou comovida pela reação dos leitores na internet ao saberem sobre a morte de Darcy, mas que teve motivos para sua decisão: “(…) Escrevi sobre a diferença entre o que esperamos que seja nossa vida e as coisas que acontecem. A vida é assim. O desafio é saber lidar com o que acontece”. A autora, também, ressaltou a importância da personagem para ela e que poderia ter continuado a fazer o mesmo que nos dois primeiros livros, mas não seria justo com Bridget.
A entrevista feita pelo
O Globo completa pode ser lida
aqui, bem como a reportagem d’
A Gazeta sobre o assunto.
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