Richard, nós tivemos um bebê. Londres, 31 de dezembro de 1999. Aos 17 anos, a britânica Hanna Vincent conhece o americano Richard Larsen: um estudante rico, encantador e sedutor que vai virar seu mundo de ponta-cabeça. Um relacionamento entre eles é improvável, já que vivem em mundos completamente diferentes. Mas aos poucos uma grande amizade vai surgindo e leva os dois a uma relação explosiva, cheia de paixão, amor e aventura. Emocionante e comovente, Sempre Foi Você é uma genuína história de amor. Você daria uma segunda chance ao amor da sua vida?
Editora: Universo dos Livros l 312 Páginas l Romance Contemporâneo l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 5/5
Não posso negar que romances contemporâneos repletos de encontros e desencontros são meu ponto fraco. Gosto de pensar que o amor nasce no convívio diário e é fortalecido com o passar dos anos, por isso, narrativas que avançam no tempo – como a de Sempre foi Você, por exemplo – me encanta completamente. Sou fã do romance que brota da amizade, da paixão e do desejo que dominam os pensamentos, e principalmente do amor que sobrevive às tempestades da vida. E é exatamente isso que temos na história escrita pela Carrie Elks: amizade, companheirismo, paixão, amor para toda vida, e inúmeros desafios impostos pelo destino. Eis um livro que prova que o amor verdadeiro, leve o tempo que levar, é capaz de superar tudo.
A trama começa no presente – em 2012 para ser mais exata – com a protagonista Hanna reencontrando Richard, seu melhor amigo e antiga paixão, para fazer uma importante revelação. A partir desse encontro percebemos que o casal não terminou bem seu relacionamento, e é nesse momento, com a curiosidade aguçada, que a autora transporta o leitor ao passado e revela o que realmente aconteceu com Hanna e Richard. Os capítulos possuem marcações de tempo, assim a narrativa vai de 1999 até 2012, detalhando os momentos mais importantes da vida do casal. Acompanhamos então o florescer de uma grande amizade, o amadurecimento dos protagonistas, as perdas que marcam a vida de cada um deles, a distância territorial que os mantém separados – ele nos Estados Unidos e ela na Inglaterra –, e as dificuldades que eles enfrentam em nome do amor. Desta maneira, o tempo passa, o amor fica mais forte, o leitor cada vez mais envolvido com o casal e, principalmente, mais aflito com a dor de saber que no presente eles não estão juntos. – Será possível torcer por algo que sabemos que não deu certo?
O que mais me encantou no livro foi o desenvolvimento atemporal. Começar a narrativa no clímax da história foi uma grande sacada da autora, afinal saber que o relacionamento deu errado faz o leitor devorar o livro na ânsia de encontrar um final feliz. Além disso, o tempo torna o romance descrito ainda mais especial, pois o leitor é capaz de sentir o nascer e o fortalecer desse sentimento. Hanna e Richard se amam de uma maneira rara, do tipo que envolve amor fraternal, paixão, perdão, amadurecimento e superação. Eles passam por inúmeras dificuldades, muitas vezes fazem escolhas erradas que os afastam, mas no fim sempre são impulsionados um para o outro. E para mim, isso é amor: esse laço invisível que une as pessoas que teimam em manter-se afastadas. Vale ressaltar que a obra também cativa por descrever algumas das principais etapas da vida do ser humano, levando o leitor a reconhecer-se nas experiências dos protagonistas.
Em linhas gerais digo que a narrativa é deliciosa. Os cenários – Londres, New York, França – são incríveis. O amor é repleto de altos e baixos, digno de vários suspiros, e completamente envolvente. E de bônus ainda temos belas mensagens sobre a força dos laços familiares e do perdão. A trama não é completamente surpreendente, contudo mesmo que a história siga uma linha previsível é fato que ela é incrível e que me fazer torcer demasiadamente por um final feliz. Exatamente como um romance deve ser: envolvente, apaixonante e reflexivo a sua própria maneira. Adorei!
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