“Chick-lit” é
um gênero literário que abrange a vida da mulher moderna, sendo voltado,
principalmente, para o sexo feminino. São romances leves, com um toque
de humor, que narram o quotidiano e entram fundo nas dúvidas e emoções das
personagens, transmitindo, normalmente, a sensação de estar lendo o relato
de uma amiga. As história nesses livros poderiam facilmente ser uma conversa
entre garotas ou mulheres, na qual há compartilhamento de sonhos, segredos,
confissões.
Recentemente, Jojo Moyes, renomada autora de Como eu era antes de você, entrevistou a diva Sophie Kinsella por conta do lançamento de Finding Audrey, que chega na segunda quinzena desse mês no Brasil pela editora Galera Record com o título À Procura de Audrey.
A entrevista aconteceu no canal do YouTube da revista Glamour Magazine UK e decidi traduzir parte dela para vocês!
Como a entrevista, ao todo, tem cerca de 14 minutos, seria impossível transcrevê-la inteira aqui, então selecionei alguns trechos! Deixarei o vídeo original aqui para vocês, mas já adianto que, infelizmente, ele não tem legendas em português disponíveis.
A entrevista começa com Jojo Moyes perguntando sobre a premissa de À Procura de Audrey e sobre quem é a protagonista.
Sophie explica que esse é seu primeiro livro Young Adult e que Audrey é uma adolescente divertida, mas, ao mesmo tempo, vulnerável, que sofre de Transtorno de Ansiedade. Além de ser um livro sobre ela, Finding Audrey é um livro sobre sua família, um tanto quanto caótica.
JM: “O que me pareceu é que, sim, o livro é sobre um Transtorno Social de Ansiedade, mas também é muito, muito divertido. Quer dizer, o modo que envolve situações familiares, uma mãe tentando desesperadamente ter um espaço entre seus filhos – seu filho mais velho, Frank, e seu vídeo game -, mas também a própria família… É algo fácil para você escrever?”
SK: “Acho que não consigo evitar escrever comédias, então mesmo que eu pegue um assunto um tanto quanto sério e problemático, como ansiedade ou até mesmo vício em vídeo games, que é mesmo um problema, não consigo evitar de encontrar um lado cômico. Então, se eu imagino uma cena, eu sempre vou procurar por uma piada. Eu procuro olhar para as manias das pessoas, porque eu acho que nós aprendemos tanto rindo de nós mesmos, e se você pode parar para rir, na verdade pode aprender algo sobre isso e fazer algo além das risadas. “
Mais adiante, Sophie relata que, para ela, a comédia funciona como uma luz na escuridão, no caso de ter essa abordagem sobre temas tão sérios quanto a ansiedade e o bullying. Também, que esse, em alguns aspectos, é um dos seus trabalhos mais “sombrios” porque Audrey está em uma situação bastante problemática, mas que jamais perde seu senso de humor.
SK: “As pessoas reagem de formas tão diferentes [sobre o livro]. Alguns dizem ‘Ah, meu Deus, esse livro é tão hilário’ e outras acham tão triste. Eu espero que seja as duas coisas, porque a vida é assim, não é mesmo?”
Sophie Kinsella acrescenta que esse é um livro basante pessoal para ela e que espera que seja também para quem sofre dos mesmos problemas da Audrey. Tanto ela quanto Jojo Moyes falam da dificuldade de compreender as pessoas que passam por essas situações quando não se sofre dos mesmos problemas, e que estar na mente e na pele de Audrey facilita essa compreensão.
Jojo Moyes, então, fala do último livro de Marian Keyes, The Mystery of Mercy Close, que, embora seja um livro bastante divertido, demonstra muito bem uma séria experiência de depressão, de forma que Moyes jamais encontrou em outro livro. Assim, Audrey, da mesma maneira, pode tanto ajudar adolescentes que estejam na mesma situação que ela quanto também os pais que precisam lidar com esses adolescentes. Sophie Kinsella acrescenta que isso é exatamente o que ela espera com Finding Audrey, já que o livro não traz apenas a recuperação de Audrey, mas, também, a recuperação de sua família.
SK: “Eu amei escrever sobre uma família, e cada membro é importante, desde a criança de 4 anos até o membro mais velho. (…) Eu pude enxergar cada situação sob cada ponto de vista, e cada um tem um ponto, cada um tem uma vida diferente. Eles só precisam trabalhar juntos, e é o que nós também temos que fazer vivendo com as nossas famílias.”
Jojo Moyes então pergunta se Sophie Kinsella pensa em voltar a escrever sobre essa família. A autora responde que não sabe. Embora tenha gostado muito de escrever esse livro e que adoraria retornar a esse universo, só voltaria a escrever sobre ele se realmente tivesse algo muito importante a dizer. Diz, ainda, que tudo depende de seu momento, de ter algo em sua mente para escrever. A própria série Becky Bloom era uma que ela não planejava dar continuidade e acabou por continuar.
A entrevista fala sobre mais detalhes do que coloquei aqui, mas, como falei anteriormente, tanto seria impossível transcrever os 14 minutos de duração quanto meu inglês não está apurado o suficiente para captar tudo o que foi dito (as legendas em inglês geradas pelo YouTube as vezes mais atrapalharam do que ajudaram rsrs), mas espero que tenham gostado!
Particularmente, fiquei ainda mais ansiosa para ler À Procura de Audrey e para encontrar essa pessoa incrível que Sophie Kinsella demonstra ser! Para mim que estou maluca para encontrá-la na Bienal, assistir ao vídeo foi um pequeno gostinho de seu jeito de ser!
Beijos para todos!
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