Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram… Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar. Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado..
Editora: Galera Record l 192 Páginas l Romance • Fantasia l Compare & Compre: Saraiva • Submarino • Amazon l Skoob l Classificação: 4/5
Nunca Jamais é fruto da união das talentosas Colleen Hoover e Tarryn Fisher. Tais autoras sabem encantar, emocionar e chocar seus leitores, portanto desde o início da leitura eu sabia que elas escreveriam uma história extremamente intensa e surpreendente. E não deu outra! Além de a obra ser repleta de mistério e romance, ela também incita a curiosidade do leitor de uma maneira que poucas tramas conseguem, fazendo-nos devorar o livro em um piscar de olhos. Imagine acordar sem saber quem é, onde está, quem são seus familiares e amigos, ou qualquer informação que diga como foram seus últimos dezoito anos. Seria absurdo não se lembrar de nada, não é mesmo? E seria mais absurdo ainda se o amor da sua vida também estivesse passando pelo mesmo drama. Em Nunca Jamais vamos conhecer Charles e Silas, jovens que não lembram de nada do seu passado, mas que sabem que precisam permanecer juntos para descobrir como recuperar suas memórias e a vida que parecem ter deixado para trás.
O livro é intercalado entre a narrativa de Charles e Silas. Logo no primeiro capítulo fica claro que eles esqueceram completamente quem são: eles não sabem seus nomes, as aulas que têm, quem são seus amigos, quem são seus pais, e muito menos que são namorados há quatro anos. A primeira memória deles é de livros caindo no corredor da escola, e fora isso eles só se recordam de coisas básicas como o nome de uma música ou o funcionamento de um carro. Desesperados e completamente perdidos, Charles e Silas embarcam em um jogo de atuação, fingindo ser quem deveriam ao mesmo tempo em que tentam reunir informações para descobrir o que realmente aconteceu com eles. – Será que estão sonhando? Será que estão loucos? Ou, pior, será que alguém fez isso com eles? Enquanto milhares de perguntas sem resposta surgem, Charles e Silas descobrem que ao despir suas máscaras – aquelas que não sabiam que usavam até se esquecerem de tudo – estão propensos a desenterrar perigosos segredos. Muitas vezes as aparências enganam e, ao andarem por suas vidas como observadores distantes, eles perceberão que estão vivendo em uma perigosa teia de mentiras.
“Posso não ter qualquer tipo de lembrança agora, mas estou aprendendo que sou muito bom em fingir. Bom demais, talvez.”
A obra é, no mínimo, eletrizante. O que torna impossível interromper a leitura é que queremos entender logo o que aconteceu (fora que é instigante e amedrontador mergulhar em uma experiência na qual nos esquecemos das memórias que construímos ao longo dos anos). Então claro que amei a história e todo esse clima de suspense e mistério. Realmente me senti na pele dos protagonistas, portanto vivi a angústia, o medo e a dor deles como se fosse minha. Além disso, amei como as autoras abordam os segredos que giram em torno do casal. Aos poucos, Charles e Silas descobrem coisas que não os deixam felizes, que os fazem enxergar quem realmente são, quem querem ser e, principalmente, as mentiras que enfraquecem o amor que sentem um pelo outro. A cada revelação fiquei de queixo caído, criei milhões de teorias mirabolantes, e torci enlouquecidamente para que eles superassem tudo isso e construíssem um final feliz. Entretanto, como digno dessas autoras maravilhosas, elas guardam uma carta na manga e terminam o livro no PIOR momento possível! O final é do tipo que nos deixa com o coração nas mãos, que nos faz passar dias pensando sobre essa história, e que nos faz ansiar enlouquecidamente pela continuação.
Uma das coisas que preciso ressaltar é que a leitura de Nunca Jamais foi, na realidade, uma releitura. Li a obra assim que ela foi lançada e, depois de ler suas continuações, fiz a releitura do volume publicado aqui no Brasil. E o ponto é que na primeira vez a leitura foi incrível, enquanto na segunda não consegui me envolver da mesma forma. Como já sei o final, acredito que a trama tenha perdido um pouco do seu encanto. Contudo, por mais que eu ache que a cada volume essa história vá perdendo o charme, não consigo deixar de indicá-la, afinal Nunca Jamais é completamente misterioso e envolvente. Vale a pena ler só para observar o quão talentosas essas autoras são em brincar com nossas emoções. Foi depois desse livro que virei fã da Tarryn Fisher e de seus finais arrebatadores. Então, dê uma chance e deixe-se surpreender por essa história.
Sobre a Série
Nunca Jamais é uma trilogia. Entretanto, vale salientar que os três volumes podem ser considerados um único livro – tanto pela quantidade de páginas quanto por um começar exatamente no ponto onde o outro terminou. O fato é que por uma questão contratual, e por querer nos manter curiosos, as autoras publicaram os volumes de forma separada.
Beijos!
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