A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos. America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.
Editora: Seguinte l 360 Páginas l Fantasia Distópica l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 5/5
A Elite é o segundo volume da trilogia A Seleção; universo distópico que apresenta ao leitor trinta e cinco garotas – de beleza, personalidade e castas diferentes – lutando para conquistar o coração do príncipe Maxon e como consequência, tornarem-se merecedoras do posto de futura rainha de Illéa. Indo além do concurso para a coroa, A Seleção revela a realidade social dura desse país, a tamanha disparidade social que aflige a população, o desagrado dos rebeldes, o controle autoritário dos governantes e principalmente, a verdadeira intenção por trás do processo da Seleção. Assim, em meio a vestidos deslumbrantes, encontros sorrateiros pelo jardim, chás e obrigações frívolas, e claro muito romance, seis jovens permanecem na disputa, e como já é de se esperar, com um grupo reduzido como esse dificilmente os segredos permanecerão ocultos. Verdades virão à tona, o certo passará a ser duvidoso, amizades serão testadas, e um momento de hesitação ou uma decisão tomada por impulso poderá causar infinita dor e devastação. Você acha que o que está em jogo é apenas o futuro dessas jovens, mas o que realmente determina as apostas é o destino da nação.
“– Não, não nasci para ser soldado. Mas – continuou, voltada para Gavril –, se há uma coisa que aprendi na Seleção é que algumas garotas possuem um instinto assassino assustador. Não se deixem enganar pelos vestidos de festa – completou, sorrindo.”
A continuação de A Seleção era, sem dúvida, uma das leituras de 2013 que eu mais ansiava. Existe algo na escrita da autora, uma realidade subjetiva que nos abocanha com fervor, algo misterioso, implícito, até mesmo grandioso, que faz da trilogia mais do que ela aparenta ser. Tudo nos livros da Kiera Cass, tanto em A Seleção como em A Elite, gira em torno da “vida de princesa” das candidatas a rainha, entretanto, é como se cada uma das situações narradas tivessem um sentido oculto, algo que se, por um acaso, tomasse um rumo inesperado, poderia impulsionar uma guerra. E esse sim, é o grande charme dessa saga. Os clichês juvenis, as dúvidas, os bailes, os vestidos, tudo pode ser previsível diante dos olhos de leitores mais críticos, contudo o teor político da trama é puro e inesperado. E o grande ponto é que, vi tal elemento surgir de forma crua durante a narrativa em A Seleção, me deleitei ao ver que ele foi aprofundado em A Elite, e não tenho dúvidas de que em The One (último livro da trilogia, previsto para 2014) ele finalmente ditará o rumo final da trama.
Tenho que salientar um ponto que se fez constante em minha mente durante a leitura de A Elite (leitura que por sinal durou pouco mais de quatro horas quase ininterruptas… pois é, não sei o que essa autora faz, mas nunca consigo parar de ler seus livros). Com o aprofundamento do teor político da narrativa senti que ela se aproximou demais da saga Jogos Vorazes. Eu sei, parece loucura, afinal o que algumas jovens “trancadas” em um castelo, comendo bem e recebendo o tratamento digno de uma rainha, teriam de semelhante com jovens jogados em uma arena para matarem uns aos outros pela simples desculpa de divertir milhares de pessoas? Tais universos são bem mais parecidos do que ouso dizer, e no meu caso essa característica foi fundamental para me deixar maravilhada com a leitura de A Elite. É lógico que as sagas anteriormente comparadas são em todo diferentes, mas digamos que o aspecto fundamental de cada uma delas é extremamente similar.
Contudo, já saliento que não podemos ler A Elite esperando algo essencialmente político e aventureiro, o foco ainda é o romance e a disputa pelo coração de Maxon. Sobre isso, tantos segredos são revelados, muitos dos quais me deixaram surpresa e emocionada; e a disputa finalmente se tornou uma disputa, isso porque enfim nossa protagonista, a America, se dá conta do que está em jogo. E nesse ponto, compreendi o rumo que a autora tomou, mesmo que para isso acompanhamos uma America insegura, impertinente, ciumenta e extremamente dividida. Eu já disse que não sou fã de triângulos amorosos, e a indecisão de America nesse aspecto me irritou; talvez seja porque eu já sei de quem é o meu coração, ou talvez pelo simples motivo de achar que a atitude da jovem é errada; o fato é que, quase nutri uma antipatia por ela, e acatei e respeitei cada uma das consequências que ela precisou enfrentar por causa de suas indecisões. Afinal, toda causa gera um efeito, não é mesmo?
Eu sei que vocês esperam mais detalhes sobre o livro, mas vou me ater os sentimentos gerados pela leitura. Estou ainda mais apaixonada pelo Maxon e pelo pai da America, acho que sempre quis uma relação paterna assim, de compreensão e mútua confiança, além disso, estou orgulhosa das escolhas feitas pela jovem protagonista e por isso, posso dizer sem medo que estou torcendo verdadeiramente por ela e pelo caminho que decidiu seguir. Mas o que me deixa ansiosa pelo próximo e último livro dessa trilogia, o que me deixou acordada quase uma hora após o término dessa leitura, foi o que ainda está por vir. Fiquei refletindo sobre os possíveis desentendimentos, sobre as futuras batalhas e sobre a guerra que se aproxima… temo o futuro de America, mas ao mesmo tempo anseio por ele. Esse livro acendeu a chama da esperança e não vejo a hora de comprovar e compreender a grandiosidade do que está por vir.
Sem dúvidas, adorei o livro. A narrativa intensa da autora, seus personagens, sua sociedade… estou depositando todas as minhas fichas na conclusão dessa trilogia e é quase certo que não vou me decepcionar!
Quotes Preferidos
“Não era como se a minha presença fizesse o mundo dele mais feliz. A sensação que eu tinha era de ser o mundo dele. Não havia explosões. Não havia fogos de artifício. Era uma chama lenta, queimando de dentro para fora.”
“(…) mas a verdade é… (…) – que só existe você. Talvez eu não esteja procurando de verdade, talvez elas não sirvam para mim. Não importa. Só sei que quero você. E isso me assusta.”
“–É a coisa mais maravilhosa e terrível que pode acontecer com você – afirmou com simplicidade. – Você sabe que encontrou algo incrível e quer levá-lo para sempre consigo. E um segundo depois de ter aquilo, você fica com medo de perder. (…) O amor é um medo belo.”
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