[…] Ana descobre mais sobre o angustiante passado de seu amargurado e dominador parceiro do que jamais imaginou ser possível. Enquanto Christian tenta se livrar de seus demônios interiores, Ana se vê diante da decisão mais importante da sua vida. (Sinopse alterada. Veja o conteúdo completo Aqui).
Editora: Intrínseca l 485 Páginas l Romance Adulto l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 4/5 ♥
Conteúdo livre de Spoilers
Quem viu minha resenha em vídeo do livro “Cinquenta Tons de Cinza” (AQUI), sabe que dentre inúmeros aspectos positivos e negativos eu mantive uma opinião neutra quanto ao livro, sustentando certa parcialidade a respeito de ter gostado ou não da história. Contudo, essa mesma indiferença não aconteceu ao término da leitura de “Cinquenta Tons mais Escuros”, com esse livro eu finalmente escolhi um lado, e para minha surpresa, foi o de “cair de amores” pela trilogia. E o motivo de tal mudança? Duas palavras: Christian Grey.
“-Não posso ouvir isso. Não sou nada, Anastasia. Sou a casca de um homem. Não tenho coração”.
Como já haviam me alertado, o segundo volume da trilogia Cinquenta Tons é, no geral, dedicado ao Christian, seus medos, traumas, seu passado e principalmente seus segredos, são expostos ao decorrer da narrativa e finalmente somos cercados pela escuridão que envolve nosso querido Cinquenta Tons. Deixamos de lado o estereótipo criado pela autora de um homem perfeito, inalcançável, multimilionário e egocêntrico, para finalmente descobrirmos o que esse jovem guarda no coração e bem, como não se apaixonar por suas imperfeições? Por seus traumas? Por seus sonhos? Claro que ele é mandão, controlador, superprotetor, inconstante e extremamente relutante em assumir suas qualidades, mas são exatamente essas características que nos aproximam dele e que, se me permitem a ressalva, dão vida ao seu lado “Edward Cullen”. Durante a leitura me vi extasiada, o fato é que, o personagem amadureceu tanto que foi capaz de transformar o foco da narrativa.
Sendo assim, Cinquenta Tons mais Escuros não é mais um romance erótico. Não, aqui já acredito que esse termo não se encaixe com absoluta certeza. Se antes o foco era esse, por meio de Christian nos deparamos com uma nova realidade, com um romance adulto, repleto de amor e paixão, com cenas picantes é claro, mas focado na busca pela superação do passado por parte dos personagens principais. O amor narrado é carnal e ao mesmo tempo puramente sentimental, mistura que faz nascer uma relação de dependência mútua, de salvação e aceitação, um amor incondicional tão grande que facilmente se torna palpável durante a leitura.
“-Eu pertenço a você – ele sussurra. – Meu destino está em suas mãos (…)”
Como um personagem incrivelmente envolvente, a história de Grey foi capaz de minimizar quase todos os elementos da narrativa que tornaram a me atormentar. Utilizo a palavra “tornaram”, pois, eles também estavam presentes no primeiro livro da trilogia, como por exemplo, uma narrativa extremamente simplória, a repetição constante de palavras e frases prontas, utilização de eufemismos infantis e a construção de cenários irreais e meramente cinematográficos. A autora faz uso de alguns pontos em sua escrita que não me agradam e que tendem a dar ao livro um ar de superficialidade, entretanto, se esses elementos foram excessivamente irritantes no primeiro livro, no segundo quase passaram despercebidos diante da minha empolgação com a leitura.
Destarte, Cinquenta tons mais escuros, para mim é bem melhor que seu livro antecessor, não pelos motivos que gostaria de ressaltar, como um avanço na escrita da autora, por exemplo, mas pela estruturação de seus personagens principais. Além do romance que emociona, cativa e envolve, temos também leves indícios de suspense que, sem dúvida, foram acrescentados à trama com a intenção de esquentar um pouco mais as coisas. Ainda acho que a autora tem uma longa caminhada pela frente, contudo, recomendo o livro para os apaixonados por romance. Simplesmente leia a trilogia e se encante com os diversos tons do misterioso Sr. Grey.
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